Vida e Saúde
Dieta vegetariana contribui para redução do colesterol, aponta novo estudo
Pesquisadores reforçam que o consumo de vegetais verdes pode prevenir doenças cardiovasculares
Dietas à base de plantas realmente ajudam a reduzir o colesterol, conforme aponta uma revisão de quase 50 estudos publicada na revista científica Nutrition Reviews. Segundo os pesquisadores, vegetarianos tendem a consumir mais verduras, frutas e nozes, o que reduz a ingestão de gordura saturada.
Esses alimentos são naturalmente ricos em componentes como fibras solúveis, proteína de soja e esteróis vegetais, que contribuem para a diminuição dos níveis de colesterol.
Para chegar a essas conclusões, pesquisadores da Universidade Keio, em Fujisawa (Japão), analisaram 30 estudos observacionais e 19 ensaios clínicos. Os dados mostram que uma dieta vegetariana está associada a uma redução de 29,2 mg/dL no colesterol total em estudos observacionais. Já em ensaios clínicos, a redução foi de 12,5 mg/dL.
Nos estudos observacionais, a dieta vegetariana também esteve ligada a uma queda de 22,9 mg/dL no colesterol LDL e de 3,6 mg/dL no HDL, em comparação a dietas onívoras (com alimentos de origem vegetal e animal).
Nos ensaios clínicos, a redução foi de 12,2 mg/dL para o colesterol LDL e de 3,4 mg/dL para o HDL, em relação a dietas onívoras, com baixo teor de gordura, restrição calórica ou dietas convencionais para diabetes.
Os autores destacam que a forte correlação entre dietas vegetarianas e níveis mais baixos de colesterol pode estar relacionada ao menor peso corporal, à menor ingestão de gordura saturada e ao maior consumo de verduras, frutas, leguminosas, nozes e grãos integrais, ricos em fibras solúveis, proteína de soja e esteróis vegetais.
“Os benefícios imediatos para a saúde de uma dieta à base de plantas, como perda de peso, redução da pressão arterial e melhora do colesterol, estão bem documentados em estudos controlados”, afirma Susan Levin, autora do estudo, em comunicado.
Charles Ross, membro do Physicians Committee e ex-médico de emergência, relata sua experiência pessoal com a adoção de uma dieta baseada em vegetais. Aos quase 70 anos, ele não utiliza medicamentos e conseguiu reduzir seu colesterol total de 230 mg/dL para 135 mg/dL após adotar a dieta em 2012.
No primeiro mês após a mudança alimentar, Ross perdeu 4,5 kg sem esforço. Em um ano, trocou uma carreira de 34 anos na medicina de emergência pela medicina do estilo de vida. Após cinco anos e meio, segue oferecendo aulas gratuitas de nutrição para pacientes e a comunidade.
“Acordo todos os dias ansioso para ouvir como uma dieta baseada em vegetais e um estilo de vida saudável estão mudando e salvando vidas em nossa comunidade. Descobri que, para motivar mudanças reais nos pacientes, é preciso dar o exemplo”, relata Ross.
As Diretrizes Alimentares para Americanos de 2015 já destacam a dieta vegetariana saudável como uma das três opções alimentares recomendadas.
“Para que qualquer forma de assistência médica funcione e para realmente impulsionar a mobilidade econômica, precisamos ficar saudáveis”, reforça Levin. “O primeiro passo é construir refeições em torno de alimentos vegetais ricos em nutrientes, que se encaixam em quase todos os padrões culturais, preferências de sabor e orçamentos.”
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