Após dois dias do fim do Natal, ainda restam comidas da ceia? É possível consumir as sobras, desde que alguns cuidados tenham sido tomados. Especialistas em segurança alimentar alertam que ingerir sobras natalinas após o dia 27 de dezembro pode causar doenças graves, especialmente se os alimentos não tiverem sido refrigerados ou congelados em até duas horas após o consumo.

Autoridades da Agência de Normas Alimentares do Reino Unido (FSA) reforçam que manter restos da ceia de Natal fora da geladeira por mais de duas horas ou consumir alimentos sem refrigeração adequada representa um grande risco de intoxicação alimentar.

Isso ocorre porque há maior proliferação de bactérias nos alimentos, como salmonela e campilobacteriose, ambas capazes de causar intoxicações gastrointestinais. Em orientações atualizadas para o período festivo, a FSA recomenda atenção aos prazos de validade e alerta para o perigo de deixar alimentos expostos por mais de quatro horas.

“As datas de validade dizem respeito à segurança, não à qualidade. Não consuma alimentos após a data de validade. Mantenha refrigerado. A comida do buffet não deve ficar exposta por mais de quatro horas”, orientam os especialistas.

Grupos como gestantes, crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida têm risco ainda maior de desenvolver intoxicação alimentar ao consumir alimentos vencidos ou contaminados.

Além do peru, outras aves, peixes, carnes, queijos, creme de leite, leite e sobremesas após o prazo de validade estão entre os alimentos mais propensos a causar problemas de saúde.

Outro erro frequente nas festas é não descongelar aves ou carnes corretamente, o que pode resultar em cozimento desigual e impedir que atinjam temperaturas seguras.

O peru cozido pode ser congelado por até seis meses, mas, uma vez descongelado, deve ser consumido em até 24 horas e não pode ser congelado novamente, alerta a FSA.

A recomendação é verificar se a temperatura do congelador permanece abaixo de 5°C, pois as bactérias se multiplicam entre 8°C e 63°C.