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Prefeitura do Rio confirma reajuste na passagem de ônibus e novas regras para remuneração das empresas
Reajuste foi publicado no Diário Oficial e altera valores do Bilhete Único Carioca e do indicador de receita por quilômetro
A tarifa dos ônibus municipais do Rio de Janeiro sofrerá reajuste a partir de 4 de janeiro de 2026. Conforme decreto publicado no Diário Oficial do município nesta segunda-feira, a passagem dos serviços de transporte coletivo — incluindo ônibus, BRT, VLT, STPL, "cabritinhos" e transportes especiais — passará a custar R$ 5,00.
O aumento também será aplicado ao Bilhete Único Carioca (BUC). Segundo o texto oficial, a revisão tarifária segue parâmetros definidos na legislação municipal e em acordos judiciais firmados entre a Prefeitura, o Ministério Público e os consórcios responsáveis pelo sistema (Intersul, Transcarioca, Internorte e Santa Cruz).
Remuneração às empresas
Apesar de o usuário pagar R$ 5,00, a tarifa de remuneração das concessionárias do sistema de ônibus será de R$ 6,60. Esse valor foi estabelecido com base em fórmulas previstas nos contratos de concessão, considerando indicadores atualizados até novembro de 2025.
Para cobrir a diferença entre o valor pago pelos passageiros e o repasse às empresas, o município utilizará o subsídio tarifário, conforme acordos judiciais. O montante a ser desembolsado dependerá da conversão do modelo de pagamento por quilômetro rodado, critério adotado pela Prefeitura para incentivar a ampliação da oferta de linhas e horários.
Outras mudanças
Outro componente reajustado foi o Indicador de Receita por Quilômetro (IRK), que serve para calcular a remuneração dos operadores. A partir de janeiro, o IRK será de R$ 9,00, dos quais R$ 3,06 correspondem ao subsídio por quilômetro — valor que pode ser alterado conforme regras estabelecidas em acordo firmado em abril de 2025.
De acordo com o decreto, a atualização cumpre o compromisso da Prefeitura do Rio de aplicar as correções previstas contratualmente até o término das concessões.
A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) poderá editar normas complementares para regulamentar os novos valores e orientar os operadores. O decreto revoga a norma anterior, em vigor desde janeiro de 2025.
O reajuste ocorre em meio a debates públicos sobre a qualidade do serviço e a fiscalização das metas operacionais dos consórcios. O município aposta no modelo de remuneração por quilômetro para garantir mais regularidade e previsibilidade na operação.
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