RJ em Foco
Corpo de piloto morto em queda de avião em Copacabana aguarda liberação no IML
Luiz Ricardo Leite de Amorim fazia seu primeiro voo transportando uma faixa de propaganda
O corpo do piloto Luiz Ricardo Leite de Amorim, que morreu neste sábado após o avião de propaganda que pilotava cair no mar em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, permanece no Instituto Médico-Legal (IML) aguardando liberação. Ele foi resgatado no início da tarde por equipes do Corpo de Bombeiros, após mais de duas horas e meia de buscas que mobilizaram a orla às vésperas do réveillon.
De acordo com a prefeitura, a empresa responsável pela aeronave, Visual Propaganda Aérea, não possuía licença para realizar a campanha publicitária naquele dia e será autuada. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as causas do acidente, que também será apurado pela Polícia Civil.
Segundo representantes da Visual, Luiz pilotava pela primeira vez um avião carregando publicidade aérea. O acidente ocorreu pouco depois das 12h, entre os postos 3 e 4 da praia, próximo à Rua Santa Clara. Apesar da presença de motos aquáticas e outras embarcações no mar, nenhuma outra pessoa ficou ferida.
Testemunhas relataram ter ouvido um estrondo no momento da queda, seguido pela faixa publicitária despencando na água. O técnico óptico Edmar Cabral Bezerra, de 58 anos, contou que havia acabado de sair do mar quando tudo aconteceu:
— Sentei na areia e ouvi um barulhão. O pessoal do meu lado falou que era um avião. É complicado, porque é uma vida, estamos no fim de ano, época de confraternização.
O Corpo de Bombeiros foi acionado às 12h34 e atuou com equipes em motos aquáticas, embarcações infláveis, mergulhadores e apoio aéreo, utilizando ao menos sete veículos para transporte de equipamentos, o que chamou a atenção de quem passava pela Avenida Atlântica.
No meio da tarde, investigadores do Cenipa chegaram ao local. Um dos integrantes informou que, após o içamento, a aeronave seria encaminhada para uma marina, onde técnicos analisariam detalhes do acidente.
A prefeitura esclareceu que a Visual possui alvará para publicidade aérea, mas não havia solicitado autorização específica para o serviço realizado no sábado. A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) destacou que “promove fiscalizações periódicas em todas as atividades econômicas no Rio para evitar que este tipo de infração ocorra”.
Segundo banhistas, cerca de dez minutos após a queda do monomotor, as demais aeronaves que sobrevoavam a região deixaram de cruzar o céu de Copacabana. Aviões de pequeno porte são comuns na orla carioca e anunciam desde aplicativos e apostas até candidatos em eleições de clubes de futebol e produtos tradicionais do Rio.
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