RJ em Foco
Piloto de aeronave que caiu no mar de Copacabana é encontrado morto
Acidente ocorreu entre os postos 3 e 4, próximo à Rua Santa Clara; Prefeitura afirma que empresa do monomotor não tinha autorização para campanha publicitária
Após duas horas e meia de buscas, o Corpo de Bombeiros localizou o corpo do piloto da aeronave de propaganda que caiu no mar de Copacabana, na tarde deste sábado. O corpo foi encaminhado ao 1º Grupamento Marítimo (Gmar), em Botafogo. A empresa proprietária do monomotor informou que vai providenciar a retirada da aeronave da água, com o auxílio de uma firma especializada.
A queda ocorreu no início da tarde, entre os postos 3 e 4, na altura da Rua Santa Clara. No momento do acidente, a praia estava cheia e havia motos aquáticas e outras embarcações no mar, mas não houve feridos entre banhistas ou tripulantes.
Segundo o subprefeito da Zona Sul, Bernardo Rubião, o piloto realizava seu primeiro voo de propaganda aérea. Ele conversou com representantes da Visual Propaganda Aérea, responsável pela aeronave.
— Seria o primeiro voo desse piloto, puxando propaganda, nesse tipo de avião — afirmou Rubião.
A Prefeitura do Rio informou que a empresa não possuía autorização para a campanha publicitária realizada. Por isso, será autuada por publicidade irregular. Em nota, o município destacou ainda que a Secretaria de Ordem Pública (Seop) realiza fiscalizações periódicas para coibir infrações em atividades econômicas.
Até o momento, a Aeronáutica não confirmou se a aeronave tinha licença para voar ou se o piloto era habilitado. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já iniciou a investigação sobre a queda do monomotor de matrícula PT-AGB.
Testemunhas relataram que, no momento da queda, a aeronave estava mais distante da faixa de areia do que o habitual. Segundo um banhista, foi possível ouvir um barulho forte, seguido pela queda da faixa de propaganda no mar.
O ótico Edmar Cabral Bezerra, de 58 anos, contou que havia acabado de sair do mar quando ouviu o impacto:
— Sentei na areia e ouvi um barulhão. O pessoal ao meu lado comentou que era um avião (ultraleve). É uma tragédia, ainda mais nesta época de confraternização — lamentou, torcendo para que o piloto fosse localizado.
Após o acidente, cerca de 10 minutos depois, outras aeronaves que sobrevoavam Copacabana com anúncios suspenderam as atividades.
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