Política
Sob os pés, a denúncia: ex-prefeito expõe asfalto que colocou Ouro Branco na mira da PF e que envolve Arthur Lira; vídeo
O município de Ouro Branco, no Sertão alagoano, voltou ao centro do noticiário após a publicação de um vídeo nas redes sociais pelo ex-prefeito Atevaldo Cabral, no qual comenta a investigação conduzida pela Polícia Federal sobre um suposto esquema de desvio de recursos públicos em obras de pavimentação asfáltica no município.
De acordo com informações já tornadas públicas pela própria Polícia Federal, a obra investigada teria consumido mais de R$ 20 milhões, valor considerado elevado e que levantou suspeitas quanto à legalidade da aplicação dos recursos. A apuração mira contratos e execuções relacionadas à pavimentação de ruas, cujo custo e resultado final estariam em desacordo.
No vídeo, Atevaldo Cabral afirma que o asfalto executado apresenta qualidade duvidosa, incompatível com o volume de recursos investidos. Segundo ele, foi justamente essa discrepância entre custo e execução que acabou colocando Ouro Branco no radar dos órgãos de controle e fiscalização federais.
“O asfalto não condiz com o dinheiro que foi gasto. É essa obra que colocou Ouro Branco na mira da Polícia Federal”, afirma o ex-prefeito, ao destacar que o município passou a ser citado, inclusive, em reportagens de alcance nacional por conta das suspeitas envolvendo a pavimentação.
Impacto direto na população
Atevaldo Cabral também chama atenção para as consequências sociais de eventuais irregularidades. Segundo ele, quando há suspeita de desvio de recursos públicos, o prejuízo não é abstrato nem restrito aos cofres públicos: recai diretamente sobre a população.
“Aonde há suspeita de desvio de recurso, pode faltar dinheiro na saúde, na educação, na assistência social e em outras áreas essenciais”, declarou no vídeo, defendendo que a sociedade acompanhe de perto o andamento das investigações e cobre esclarecimentos das autoridades responsáveis.
Investigação em andamento
A investigação da Polícia Federal segue em curso e, até o momento, não há condenações judiciais relacionadas ao caso. A PF apura se houve superfaturamento, irregularidades contratuais ou falhas graves na execução da obra que possam caracterizar ilícitos administrativos e criminais.
A reportagem ressalta que o caso ainda está sob apuração, respeitando o devido processo legal e a presunção de inocência. O espaço permanece aberto para que todos os citados se manifestem oficialmente e apresentem suas versões dos fatos.
Enquanto isso, o episódio reacende o debate sobre fiscalização de obras públicas no interior do estado e reforça a necessidade de transparência, controle social e rigor na aplicação dos recursos públicos, especialmente em municípios onde investimentos milionários contrastam com resultados questionáveis.
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