O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (4) que a defesa de Filipe Martins, ex-assessor presidencial, explique em até 24 horas um suposto uso da rede social LinkedIn por parte do réu. Moraes ressaltou que Martins está proibido de acessar plataformas digitais e pode ter sua prisão preventiva decretada caso as suspeitas se confirmem.

No último sábado, Martins passou a cumprir prisão domiciliar, em caráter preventivo, por decisão do ministro. A medida foi adotada devido ao risco de fuga após sua condenação no STF e também foi estendida a outros nove condenados envolvidos na tentativa de golpe.

Em despacho, Moraes destacou que "foi juntado aos autos notícia de que o réu condenado teria utilizado a rede social LinkedIn para a busca de perfis de terceiros".

Diante disso, o ministro abriu prazo para que os advogados de Martins apresentem esclarecimentos sobre as informações anexadas ao processo, sob pena de decretação da prisão preventiva do ex-assessor.

Entre as restrições impostas a Martins está a "proibição de utilização de redes sociais próprias ou por terceira pessoa".

Filipe Martins foi condenado pela Primeira Turma do STF, há duas semanas, a 21 anos de prisão. Os ministros consideraram que ele elaborou a minuta de um decreto com medidas para reverter o resultado da eleição presidencial de 2022, documento apresentado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos comandantes das Forças Armadas.