Poder e Governo
Tenente-coronel condenado por trama golpista se entrega à Polícia Federal
Guilherme Marques Almeida ficará em prisão domiciliar; um dos dez alvos segue foragido
O tenente-coronel do Exército Guilherme Marques Almeida se entregou à Polícia Federal (PF) no domingo, após ter a prisão domiciliar decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com a apresentação, resta apenas cumprir um dos dez mandados expedidos na semana passada pelo ministro Alexandre de Moraes contra condenados pela chamada trama golpista.
Almeida foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão. Os ministros do STF entenderam que ele integrou o grupo responsável por disseminar desinformação sobre as urnas eletrônicas, identificado como o "núcleo quatro" da organização.
Após a audiência de custódia, foi mantida a prisão domiciliar do tenente-coronel, que será monitorado por tornozeleira eletrônica.
O advogado de Almeida, Leonardo Avelar, declarou que seu cliente "sempre colaborou com a Justiça e compareceu a todos os atos processuais, sendo a decisão de prisão domiciliar uma medida desnecessária".
Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar preventiva de dez pessoas condenadas pelo STF por participação em diferentes núcleos da trama golpista. A medida foi tomada após o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, ser preso após fugir do Brasil.
No sábado, a Polícia Federal não localizou dois dos alvos. Além de Guilherme Marques Almeida, segue foragido o presidente do Instituto Voto Legal (IVL), o engenheiro Carlos Rocha, condenado a sete anos e seis meses de prisão, também por disseminação de desinformação.
Moraes justificou as prisões domiciliares com base no "fundado receio de fuga" e no "modus operandi da organização criminosa" de deixar o território nacional.
"O modus operandi da organização criminosa condenada pelo Supremo Tribunal Federal indica a possibilidade de planejamento e execução de fugas para fora do território nacional, como feito pelo réu Alexandre Ramagem, inclusive com a ajuda de terceiros", afirmou Moraes em decisão assinada na última sexta-feira.
Além de Silvinei Vasques, Moraes também citou o caso do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, que foi condenado e conseguiu deixar o país rumo aos Estados Unidos.
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