Poder e Governo
Bolsonaro passa por novo procedimento para tratar crises de soluço
Bloqueio anestésico do nervo frênico já estava previsto no tratamento
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi submetido, na tarde deste sábado, a um novo procedimento cirúrgico em Brasília. Segundo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), trata-se do bloqueio anestésico do nervo frênico, etapa já prevista com o objetivo de impedir as crises de soluço recorrentes desde a facada sofrida durante as eleições de 2018.
“Meu amor acabou de ir para o centro cirúrgico para realizar o bloqueio do nervo frênico. Peço que intercedam em oração por mais esse procedimento, para que seja exitoso e traga alívio definitivo. Já são nove meses de luta e de angústia com soluços diários”, escreveu Michelle em suas redes sociais.
A primeira etapa da intervenção ocorreu na última quinta-feira, quando Bolsonaro foi submetido à correção de uma hérnia inguinal bilateral. O procedimento durou três horas e meia.
A internação do ex-presidente foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após perícia da Polícia Federal (PF) apontar a necessidade do tratamento. Bolsonaro deixou a superintendência da PF sob forte escolta policial.
O que é a cirurgia de hérnia inguinal bilateral
A hérnia inguinal bilateral ocorre quando parte do intestino se projeta por áreas enfraquecidas da parede abdominal na região da virilha. A cirurgia visa reposicionar o conteúdo abdominal e reforçar a musculatura local, reduzindo riscos de dor, complicações e novas protrusões. O procedimento é realizado sob anestesia geral, com monitoramento contínuo das funções vitais.
Entenda o bloqueio do nervo frênico
O bloqueio anestésico do nervo frênico pode ser indicado para tratar crises persistentes de soluço, como as apresentadas por Bolsonaro nos últimos meses. O nervo frênico é responsável por estimular o diafragma, músculo fundamental para a respiração. O bloqueio busca interromper estímulos neurológicos anormais que levam às contrações involuntárias. A equipe médica avalia o momento mais adequado para a realização do procedimento.
Pós-operatório
Após a cirurgia, Bolsonaro passará por controle rigoroso da dor, com uso de analgesia adequada e monitoramento constante. A recuperação inclui sessões de fisioterapia para mobilização precoce e melhora da função respiratória, além de medidas preventivas contra trombose venosa profunda. A previsão é de internação entre cinco e sete dias, período necessário para analgesia, fisioterapia, prevenção de complicações e observação clínica, considerando o histórico de cirurgias abdominais do ex-presidente.
Mais lidas
-
1TECNOLOGIA
Avião russo 'Baikal' faz voo inaugural com motor e hélice produzidos no país
-
2TECNOLOGIA MILITAR
Revista americana destaca caças russos de 4ª geração com empuxo vetorado
-
3OPERAÇÃO INTERNACIONAL
Guarda Costeira dos EUA enfrenta desafios para apreender terceiro petroleiro ligado à Venezuela
-
4ECONOMIA
Quando houver alguma divergência entre membros do Copom, ela será destacada, diz Galípolo
-
5MOBILIDADE
Alagoas adere a novas regras da CNH e elimina exigência de autoescola