Poder e Governo
Defesa de Silvinei Vasques solicita ao STF que ele cumpra prisão em Santa Catarina
Ex-diretor-geral da PRF foi preso no Paraguai ao tentar fugir para El Salvador
A defesa de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), protocolou na madrugada deste sábado um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele permaneça preso em Santa Catarina — preferencialmente em Florianópolis ou São José, município onde residia.
Detido na sexta-feira no Paraguai e entregue às autoridades brasileiras, Vasques está sendo transferido de Foz do Iguaçu para Brasília na manhã deste sábado.
No pedido, os advogados afirmam que o ex-diretor possui "vínculos familiares, sociais e profissionais consolidados" com Santa Catarina, o que garantiria a "estabilidade da custódia" e a preservação de sua integridade física e psíquica, além de facilitar o pleno exercício da ampla defesa. O documento foi assinado pelos advogados Anderson Almeida e Eduardo Nostrani Simão e encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Os defensores também destacam que Vasques possui "condição militar pretérita" por ter integrado a Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC), o que, segundo eles, impediria sua permanência em presídio comum.
A defesa alega ainda que o ex-chefe da PRF sofreu "assédio e ameaças" durante o período em que esteve um ano preso na penitenciária da Papuda, em Brasília.
Como alternativa, caso o ministro não aceite a transferência para Santa Catarina, os advogados solicitam que Vasques seja custodiado no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como "Papudinha", onde está preso o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O local é tradicionalmente reservado para policiais, militares e outras autoridades.
Silvinei Vasques foi preso nesta sexta-feira no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar para El Salvador. Ele alugou um carro, rompeu a tornozeleira eletrônica durante o trajeto de Santa Catarina ao Paraguai e utilizava um passaporte paraguaio com o nome de Julio Eduardo Baez, pessoa com características físicas semelhantes.
A tentativa de fuga levou o ministro Alexandre de Moraes a decretar, neste sábado, prisão domiciliar para dez investigados nos processos relacionados à trama golpista, como forma de evitar novas evasões.
Entre os alvos da medida estão o ex-assessor da Presidência Filipe Martins e a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar.
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