Alagoas

Vídeo de ataque dos EUA a navio no Caribe é simulação de IA, afirma governo da Venezuela

Sputinik Brasil 02/09/2025
Vídeo de ataque dos EUA a navio no Caribe é simulação de IA, afirma governo da Venezuela
Foto: © AP Photo / Mark Schiefelbein

O vídeo de um ataque a um navio de traficantes de drogas no Caribe divulgado pelos Estados Unidos é falso, afirmou o governo da Venezuela nesta terça-feira (2).

Mais cedo presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou um vídeo do ataque ao navio que supostamente partiu da Venezuela. Segundo ele, militares dos EUA "atiraram" em um barco que transportava drogas da Venezuela, acrescentando mais tarde que "11 terroristas" foram mortos na ação.

O ministro das Comunicações da Venezuela, Freddy Ñáñez, comentou que o vídeo se utilizou do uso rudimentar de Inteligência Artificial.

Ele afirmou em sua conta no Telegram que o secretário de Estado americano, Marco Rubio "continua mentindo para o seu presidente" e, "depois de levá-lo a um beco sem saída, agora lhe oferece um vídeo com IA como 'prova'".

O ministro disse ter consultado a IA da Google para analisar se o vídeo postado por Trump sobre o ataque era verdadeiro. Em resposta, a ferramenta afirma que é "altamente provável que tenha sido criado por IA".

"Chega de Marco Rubio incentivando a guerra e tentando manchar as mãos do presidente Donald Trump com sangue. A Venezuela não é uma ameaça", completou.

Desde o fim de agosto, o governo Trump determinou o posicionamento de mais de 4 mil marinheiros e fuzileiros navais em embarcações militares estadunidenses, sob a justificativa de combater o tráfico de drogas, tendo a Venezuela como principal foco.

A situação levou Nicolás Maduro a determinar a mobilização de quase 5 milhões de reservistas diante das ameaças dos Estados Unidos, situação que, segundo ele, coloca a região diante do maior risco da história. Maduro afirmou ainda que pelo menos oito navios de guerra dos estadunidenses e 1,2 mil mísseis e um submarino nuclear miram a Venezuela.

A aproximação de soldados de Washington fez com que Caracas classificasse a ação como tentativa de intimidação. Já o comandante da milícia bolivariana da Venezuela, Orlando Romero, afirmou que a iniciativa norte-americana não está relacionada à luta real contra o narcotráfico.