A fim de se alcançar uma Inteligência Artificial (IA) "inclusiva, soberana, ética e centrada nas pessoas", o governo brasileiro pretende investir R$ 23 bilhões em políticas para esse setor, anunciou nesta terça-feira (2), a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck

O valor será distribuído em quatro anos através do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), disse Dweck durante a abertura do fórum Painel Telebrasil 2025, em Brasília.

O evento que reúne governo e empresas para debater tecnologia e inovação no país e segue até amanhã (3), com plenárias e painéis temáticos abordando temas voltados para os novos desafios do setor tecnológico.

Dweck salientou a importância do desenvolvimento da Infraestrutura Nacional de Dados (IND)e da parceria com o setor privado.

"A transformação digital passou a ser a base de tudo que a gente tem feito, especialmente com a chegada da inteligência artificial, com todo o seu potencial transformador, que tem tanto para ampliar liberdades e capacidades humanas, mas também com risco de aumentar as desigualdades e as simetrias globais já existentes", declarou ela.

A ministra citou a parceria com as duas empresas públicas de TI, o Serpro e a Dataprev para aprimorar a agenda de nuvem de governo, em que há aquisição dos equipamentos de empresas privadas, mas a hospedagem é realizada em datacenters públicos.

A ideia, segundo ela, é garantir a guarda, no Brasil, dos dados estratégicos e com algum grau de restrição para garantir a segurança dessas informações, com soberania operacional e dos dados brasileiros.

A abertura do painel também contou com a presença do ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Baigorri, entre outras autoridades.

Siqueira, enfatizou o papel das telecomunicações como setor estratégico para o desenvolvimento do país, e também na promoção da inclusão digital.

"O setor sempre foi responsável por trazer tecnologia e inovação para o Brasil, e hoje sua relevância vai além da economia. Telecomunicações são essenciais para o exercício da plena cidadania, porque permitem que milhões de brasileiros tenham acesso a serviços públicos, oportunidades de trabalho, capacitação, educação e saúde", disse ele.

Por Sputinik Brasil