Esportes
Presidente do CSA anuncia saída após fechamento contábil e deixa clube com orçamento milionário
Mírian Monte oficializa renúncia para o dia 8 e afirma entregar o Azulão sem dívidas, mas com saldo amargo da queda à Série D

A presidente executiva do CSA, Mírian Monte, oficializou em ofício sua decisão de deixar o comando do clube no próximo dia 8, logo após a conclusão do fechamento contábil da atual gestão. A dirigente destacou avanços administrativos e financeiros, mas reconheceu que o desempenho esportivo foi frustrante, culminando no rebaixamento para a Série D do Campeonato Brasileiro.
Segundo ela, apesar do “desfecho trágico” em campo, o CSA será entregue com as contas equilibradas, despesas quitadas e projeções financeiras que ultrapassam R$ 13,7 milhões para os próximos anos.
Orçamento garantido
De acordo com o relatório apresentado, as receitas previstas para 2025 chegam a R$ 4,88 milhões, provenientes de patrocínios privados, verbas do Estado e da Prefeitura, programa de sócio-torcedor e um projeto já aprovado pelo Ministério dos Esportes, em fase de captação.
Para 2026, a estimativa mínima é de R$ 8,85 milhões, com destaque para negociações de atletas, cotas da Copa do Brasil, participação na Série D e novos patrocínios públicos. O valor consolidado supera R$ 13,7 milhões, podendo crescer com parcerias adicionais e receitas extras.
Mírian frisou que todas as despesas de manutenção foram pagas à vista, sem pendências trabalhistas ou fiscais. O patrimônio, como o Centro de Treinamento, segue em pleno funcionamento.
Avanços na gestão
Entre os resultados administrativos, a dirigente citou a implantação de sistemas financeiros modernos, a atração de novos patrocinadores e o fortalecimento das categorias de base. A base, segundo ela, garantiu vaga para a Copinha de 2026 e para a Copa do Brasil Sub-17.
Outro marco foi a aprovação do CT do CSA como sede oficial da FIFA27, o que deve ampliar a exposição e gerar novas oportunidades de receita para o clube.
Desempenho em campo pesou
Apesar dos números positivos fora das quatro linhas, Mírian Monte reconheceu que os resultados esportivos não atenderam às expectativas da torcida.
“Embora tenhamos conseguido equalizar as contas e garantir recursos para este e o próximo ano, os resultados esportivos não foram condizentes. É justo e razoável que outras pessoas possam buscar resultados e adotar processos diferentes”, declarou.
A transição será acompanhada pelo Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e pelo Administrador Judicial, conforme as exigências legais da recuperação judicial do CSA.
Na despedida, a dirigente ressaltou a dedicação da gestão:
“Não conseguimos controlar os resultados dentro de campo, mas não faltaram decência, integridade e entrega da diretoria executiva.”
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