Internacional
Chefe das Forças Armadas critica Netanyahu em reunião conturbada sobre guerra em Gaza, diz mídia

Em mais um sinal de desgaste do governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após quase dois anos de guerra, o jornal The Times of Israel informou nesta segunda-feira (1º) que a reunião que discutia os próximos passos sobre o conflito na Faixa de Gaza foi "conturbada".
Conforme a publicação, o chefe de Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-general Eyal Zamir, criticou Netanyahu e os ministros presentes pela insistência na derrota militar total do Hamas, ação que não foi cogitada nos 22 meses anteriores ao conflito, quando o primeiro-ministro voltou ao poder no país.
"Vocês são o gabinete de 7 de outubro. Agora se lembram de falar sobre a derrota do Hamas. Onde estavam no dia 7? No dia 8? No dia 9? Agora se lembram, depois de dois anos", afirmou durante a reunião.
Na sequência, o militar enfatizou que o Hamas está derrotado em mais de 70% do território do enclave palestino e, diante disso, o chefe das FDI é contrário aos planos do governo de conquistar militarmente a Cidade de Gaza, maior núcleo urbano da região. Ao invés disso, Zamir defende um cessar-fogo e acordo para a libertação total dos reféns.
Netanyahu e o futuro político após fim da guerra
O assessor do presidente palestino Mahmoud Abbas chegou a declarar à Sputnik que tenta prolongar deliberadamente a guerra em Gaza por temer qual será seu futuro político quando os embates acabarem.
"Não acho que Netanyahu queira uma trégua – ele quer a guerra. Do seu ponto de vista, qualquer pausa ou cessação da guerra apenas aproximará sua saída da cena política em Israel, pois abrirá as portas para a responsabilização legal e judicial. Não se trata apenas da guerra, mas também da corrupção, da qual Netanyahu foi acusado diversas vezes. Ele vê a guerra como sua tábua de salvação, e é por isso que está pressionando por uma nova escalada", disse al-Habbash.
O assessor presidencial acrescentou que a Palestina ainda espera aumento da pressão e intervenção internacional para forçar o primeiro-ministro a concordar com um cessar-fogo e abrir um caminho político para eliminar as tensões na região.
Na última semana, a emissora estatal israelense Kan noticiou que o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, havia aprovado uma operação para tomar a Cidade de Gaza, com o plano a ser apresentado à liderança política e ao gabinete para aprovação nesta quinta-feira (21).
Posteriormente, as Forças de Defesa de Israel (FDI) enviaram cerca de 60 mil convocações aos reservistas em preparação para a operação. Além disso, foi informado que a operação militar israelense para capturar Gaza duraria até 2026 e, no auge das manobras, até 130 mil reservistas estariam envolvidos.
Mais lidas
-
1FUTEBOL
CSE empata com o CSA no Rei Pelé e conquista o título do Alagoano Sub-20
-
2FUTEBOL
Crise no CSA: Conselho afasta diretoria e presidente Miriam Monte após rebaixamento
-
3DEFESA
Mísseis hipersônicos Tsirkon em submarinos russos preocupam forças da OTAN, diz análise
-
4CONSULTA POPULAR
Na Pesquisa Ibrape, 19 prefeitos de Alagoas têm maioria de aprovação popular; Pilar, com Fátima Resende é exceção
-
5FUTEBOL
Santos anuncia reforços para o ataque e a defesa de olho em reta final do Brasileiro