O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, decidiu liberar, neste domingo (31), a visita da senadora e ex-ministra das mulheres Damares Alves (Republicanos-DF) ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo informações veiculadas pela Folha de S. Paulo, a ex-ministra disse querer "orar e abraçar" o ex-presidente que terá seu julgamento por participação em ato golpista marcado para iniciar nesta terça-feira (2).

Alves pediu autorização para visitar Bolsonaro em casa em nome dela e da Comissão de Direitos Humanos do Senado, da qual é presidente. Apenas a primeira solicitação foi aceita por Moraes, neste domingo (31).

EUA de olho para sancionar

O governo do presidente estadunidense, Donald Trump, vai acompanhar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, marcado para iniciar na terça-feira (2), e cogita aplicar mais tarifas ao Brasil, em tempo real, a depender das decisões tomadas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do portal UOL, obtidas junto a fontes da administração Trump.

Bolsonaro e outros sete aliados serão julgados pela Primeira Turma do STF por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo o portal, integrantes do governo Trump afirmaram que há uma lista de "sanções e tarifas" passíveis de serem aplicadas ao Brasil durante o julgamento, conforme os ministros indiquem o destino que pretendem dar ao ex-presidente, aliado de Trump.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está ciente da possibilidade de mais sanções decorrentes do julgamento. Um embaixador brasileiro que acompanha o caso afirmou ao portal que negociar a independência do Judiciário nunca foi uma opção, portanto o governo se prepara para tomar medidas para mitigar os efeitos de uma eventual nova rodada de sanções norte-americana.