A Autoridade Portuária de Guayaquil (APG) anunciou esta medida para reforçar a segurança nos portos equatorianos devido ao aumento desses crimes na região, que estão debilitando a população do país sul-americano.

De acordo com um comunicado publicado em suas redes sociais, o estado de emergência está em vigor desde 25 de agosto e durará 60 dias.

Isso "com o objetivo de implementar medidas de segurança nas instalações da Casa de los Prácticos [Centro de Pilotos], onde opera parte do serviço de radio-operadores de tráfego marítimo [VTS], dentro da jurisdição da APG", explicou.

Da mesma forma, a autoridade, que controla alguns dos principais portos equatorianos, informou que as atividades nesta área de Guayaquil continuam normalmente.

Além disso, "a Marinha do Equador realiza patrulhas diárias de segurança para reforçar a proteção das instalações da Casa de Pilotos da APG", enfatizou.

Segundo o jornal local El Comercio, essas medidas também se devem ao fato de que, recentemente, os portos de Guayaquil têm sido alvo do crime organizado, que utiliza essas áreas para o transporte de narcóticos para a América do Norte e a Europa.

Enquanto isso, o Equador vem combatendo o narcotráfico. Prova disso foi a recaptura de Adolfo Macías, o Fito, um dos mais importantes chefões do tráfico do país, que foi posteriormente extraditado para os EUA.

No final de junho, o líder da gangue criminosa equatoriana Los Choneros foi preso após estar foragido desde janeiro de 2024, quando escapou da prisão regional de Guayaquil, onde cumpria pena de 34 anos por crimes como homicídio e tráfico de drogas.

Sua fuga desencadeou uma onda de violência no Equador, levando à declaração de conflito armado interno pelo presidente Daniel Noboa, que ordenou ao Exército que restaurasse a ordem nas ruas do país.