Alagoas
Polícia Científica de Alagoas revela múltiplas substâncias em amostras biológicas de Claúdia Pollyanne

O Laboratório Forense do Instituto de Criminalística de Maceió da Polícia Científica de Alagoas, concluiu a análise toxicológica em amostras de sangue, humor vítreo (olho) e conteúdo estomacal do corpo de Claudia Pollyanne. Os exames, ruciais para a investigação da morte da esteticista, identificou a presença de diversas substâncias e concentrações potencialmente letais.
Conforme laudo assinado pela perita criminal Ayala Gomes, não foi detectada a presença de etanol na amostra analisada por meio da metodologia empregada. No entanto, um segundo e mais aprofundado exame revelou a presença de um coquetel de substâncias.
Utilizando técnicas avançadas como a Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS) e a Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de Massas em série (LC-MS/MS), a perita identificou nove substâncias na amostra de sangue e quatro no conteúdo estomacal.
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Entre os compostos detectados estão 7-aminoclonazepam, amitriptilina, carbamazepina, clorpromazina, diazepam, fluoxetina, haloperidol, nortriptilina, prometazina e quetiapina. De acordo com o laudo pericial, a concentração de uma das substâncias, a Carbamazepina, ultrapassou o nível de referência tóxica, atingindo um valor acima de 10,0.
A carbamazepina é um fármaco utilizado no tratamento de epilepsia, distúrbios afetivos bipolares, síndrome de abstinência alcoólica, neuralgias e neuropatias. Contudo, em concentrações sanguíneas elevadas, pode levar a um quadro de depressão do sistema nervoso central, com sintomas que variam de distúrbios de fala a coma.
O perito criminal Thalmanny Goulart, chefe do Laboratório Forense, destacou a importância da análise para o andamento das investigações. "Essa combinação de medicamentos pode levar a coma profundo, parada respiratória, arritmias fatais, convulsões e morte, principalmente se houver abuso, erro de dose ou interação não monitorada", alertou o especialista.
Goulart também ressaltou os perigos da metabolização hepática simultânea de tantos fármacos. "Vários desses medicamentos são metabolizados no fígado e, em combinação, podem sobrecarregar o órgão, causando hepatotoxicidade", explicou.
Segundo especialistas, o uso simultâneo de tais medicamentos deve ocorrer apenas em casos muito específicos, sob rigorosa supervisão de um médico psiquiatra e de um farmacologista clínico. Fora desse contexto, a combinação é considerada potencialmente letal.
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