O governo brasileiro deve apresentar nesta segunda-feira (25) detalhes sobre os alimentos afetados pelo tarifaço imposto pelos Estados Unidos que serão redirecionados para abastecer refeitórios escolares, hospitais públicos, universidades e até unidades das Forças Armadas.

Os ministérios da Agricultura e Pecuária (MAPA) e de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) devem informar como será o sistema de compra direta de uma lista de produtos como pescado, mel, manga, uva, castanha de caju e água de coco.

Esses produtos estão entre os mais impactados pelo aumento das tarifas de s50% determinada pelo governo do presidente Donald Trump, em 9 de julho passado. Os produtores deverão apresentar declaração de perda na exportação dos produtos para o mercado americano.

Para mitigar os efeitos sobre os produtores, o governo determinou, por meio da Medida Provisória 1.309, publicada na sexta-feira (22), que a União, estados e municípios poderão adquirir diretamente esses alimentos.

O programa emergencial de compras governamentais, a redução das taxas de juros cobradas aos exportadores e regras mais brandas para dívidas serão analisados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com seus ministros nesta terça-feira (26). Essa será a segunda reunião de gabinete neste ano.

O pacote de medidas foi elaborado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que comanda o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais frente ao tarifaço.

Alckmin viaja nesta semana ao México, onde vai discutir com autoridades locais a possibilidade de ampliar as exportações brasileiras de produtos incluídos na elevação das tarifas estadunidenses.