A atriz israelense Gal Gadot confirmou nesta segunda-feira (25) que não irá ao 82º Festival de Cinema de Veneza, após o grupo Venice4Palestina pedir à organização do evento a remoção de seu nome e do ator escocês Gerard Butler da mostra por "apoio ao genocídio" na Faixa de Gaza.

No último domingo (24), o coletivo pró-palestina voltou a pressionar os responsáveis pelo maior evento cinematográfico na Itália sobre a guerra no Oriente Médio, mas desta vez, citando Gadot e Butler, protagonistas do filme "In the hand of Dante", de Julian Schnabel, o qual será apresentado na edição 2025 do festival fora de concurso.

"Perguntamo-nos como é possível homenagear figuras como Gerard Butler e Gal Gadot, protagonistas de um filme fora de competição, que apoiam ideológica e materialmente a conduta política e militar de Israel?", disse o Venice4Palestina no novo documento, que pediu a retirada de convite a "qualquer artista e celebridade que apoie publicamente e ativamente o genocídio" em Gaza.

"Que esse espaço seja disponibilizado para uma de nossas delegações marchar no tapete vermelho com a bandeira palestina", enfatizou o grupo, que em 22 de agosto, enviou um manifesto com a assinatura de um grupo de atores, cineastas e cantores para pedir "a condenação" por parte da mostra do "genocídio em Gaza".

Até o momento, o Festival de Veneza, que começa no próximo dia 27, não anunciou nenhuma ação específica sobre o tema. Em relação ao manifesto, a Bienal de Veneza respondeu apenas que a mostra de cinema é um "lugar de debate e sensível a todas as questões mais urgentes da sociedade".