Alagoas

Central de Transplantes de Alagoas mobiliza equipes em três hospitais para salvar 11 vidas

Thallysson Alves / Ascom HGE 25/08/2025
Central de Transplantes de Alagoas mobiliza equipes em três hospitais para salvar 11 vidas
Captações foram realizadas após o diagnóstico de morte encefálica e autorização da família - Foto: Cortesia


Em quatro dias, 11 pessoas foram beneficiadas pela doação de órgãos mobilizada pela Central de Transplantes de Alagoas. Foram cinco órgãos captados no Hospital Maceió (HapVida), quatro no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA) e mais dois no Hospital Geral do Estado (HGE), todos na capital.

 

Por outro lado, a lista de espera pelo cresceu e chegou a 602 pessoas cadastradas, o que reforça a necessidade de mais pessoas conscientes sobre essa causa.

 

Para que tudo ocorresse com sucesso, uma grande força tarefa foi montada com o apoio da Organização de Procura de Órgãos (OPO). No total, os profissionais conseguiram disponibilizar, entre quinta-feira (21) e domingo (24), quatro córneas, quatro rins, dois fígados e um coração. Todos os órgãos foram cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes e conduzidos aos seus receptores indicados.

 

“Mas, tudo isso só foi possível pela generosidade de três famílias para a doação de órgãos. Sem esse ‘sim’, nada teria acontecido. A morte é um momento de tristeza, mas que agora se converte em felicidade a 11 famílias e isso é motivo de orgulho para a família dos doadores. Agradecemos todo o apoio que tivemos dos profissionais nesses três hospitais, que também se dedicaram e permitiram que tudo acontecesse”, afirmou a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos.

 

Segundo o último levantamento, 602 pessoas estão na lista de espera em Alagoas pela doação de órgãos, sendo 565 por uma córnea, 25 por um rim, sete por um fígado e cinco por um coração compatível. Todos convivem com o temor pela piora, que impacta negativamente na saúde mental e prejudica as finanças da família; mas é rapidamente combatido quando a esperança por dias melhores se torna uma real possibilidade.

 

“No Brasil, a retirada dos órgãos é realizada mediante diagnóstico de morte encefálica e autorização da família. Por isso, é importante que as pessoas se declarem doadoras. Sabendo desse posicionamento, nesse momento de profunda dor, a família saberá tomar a melhor decisão, respeitando o desejo do ente querido. E não precisa se preocupar com o processo, o corpo é tratado com muito respeito e os órgãos são destinados unicamente a doadores indicados pelo Sistema Nacional de Transplantes”, pontuou a coordenadora.