Alagoas

Cirurgiã vascular do HGE alerta para as diferenças entre lipedema, linfedema e elefantíase

Suely Melo / Ascom Sesau 25/08/2025
Cirurgiã vascular do HGE alerta para as diferenças entre lipedema, linfedema e elefantíase
Angiologista e cirurgiã vascular do HGE, Lídia Costa explica os sintomas - Foto: Marco Antônio/Ascom Sesau


Lipedema, Linfedema e Elefantíase são doenças que afetam membros inferiores e podem causar dor, alterações estéticas e limitações funcionais. Apesar de terem características semelhantes, há diferenças pontuais de como se apresentam nas pernas e com relação aos sintomas, segundo explica a angiologista e cirurgiã vascular do Hospital Geral do Estado (HGE), Lídia Costa.

 

Para a especialista, conhecer os sintomas é essencial para buscar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado. Por isso, ressalta Lídia Costa, é importante que a população saiba diferenciar as três doenças, no sentido de procurar assistência médica especializada e, deste modo, obter o diagnóstico com agilidade, iniciando o tratamento em tempo oportuno.

 

De acordo com a angiologista do HGE, o Lipedema é uma síndrome da gordura dolorosa, que geralmente aparece a partir da adolescência e afeta principalmente quadris, coxas e pernas, podendo, em alguns casos, também atingir os braços. A doença tem origem genética e está ligada aos hormônios femininos, especialmente o estrogênio. 

 

“São pacientes que têm membros mais largos, com dor, cansaço e hematomas frequentes. Mesmo afetando os membros inferiores, o tronco e o abdômen costumam ser preservados”, ressalta Lídia Costa.

 

Já o Linfedema é um acúmulo anormal de líquido rico em proteínas, conhecido como linfa, nos tecidos do corpo. O problema geralmente surge após infecções na pele, que danificam os vasos linfáticos. Com o tempo, essa alteração pode evoluir para um endurecimento da gordura e da pele.

 

“O Linfedema, quando não tratado, pode levar à Elefantíase. È uma doença caracterizada pela pele enrugada e endurecida, com aspecto de elefante ou paquiderme”, explica a especialista.

 

A Elefantíase é considerada o estágio mais avançado do Linfedema. Segundo a médica, no passado, no Nordeste brasileiro, era comum a forma causada pela Filariose, transmitida por mosquitos, mas hoje essa origem praticamente não existe mais. Ainda assim, a Elefantíase segue como diagnóstico diferencial em casos de Linfedema crônico.

 

“O tratamento das doenças deve ser feito de forma precoce e multidisciplinar, envolvendo acompanhamento vascular, nutricional, endocrinológico e fisioterapêutico. Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de evitar complicações e preservar a qualidade de vida”, destaca a médica.

 

Por isso, é importante, ao verificar os sintomas de uma das três doenças, procurar um médico angiologista ou cirurgião vascular. Os sintomas mais relevantes são dor nas pernas, inchaço persistente, hematomas frequentes e alterações na pele. “O acompanhamento especializado é fundamental para identificar corretamente cada doença e garantir um tratamento eficaz”, finaliza a médica Lídia Costa.