Alagoas

Polícia Civil cumpre mandados em comunidade terapêutica investigada por crimes em Marechal Deodoro

Gabriel Mileno / Ascom PCAL 25/08/2025
Polícia Civil cumpre mandados em comunidade terapêutica investigada por crimes em Marechal Deodoro
Local foi interditado e é alvo de investigação por parte da Polícia Civil por vários crimes - Foto: Ascom PCAL


A Polícia Civil de Alagoas cumpriu, nesta segunda-feira (25), mandados de busca e apreensão em uma comunidade terapêutica localizada em Marechal Deodoro. O local é investigado após mais de 30 depoimentos apontarem crimes de maus-tratos, violência física, violência psicológica e a morte ainda a esclarecer de Claudia Pollyane, de 41 anos, que estava internada na localidade.

 

O efetivo utilizado pela Polícia Civil contou com equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), Delegacia de Homicídios do 10º Segmento, 17º Distrito Policial (17º DP), Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Coordenadoria de Recursos Especiais (Core/Dracco), além do apoio do Instituto de Criminalística (IC) e da Vigilância Sanitária.

 

Na última sexta-feira (22), a Polícia Civil prendeu o proprietário do estabelecimento, enquanto a esposa do suspeito, também proprietária, já havia sido presa na semana anterior. A investigação é coordenada por uma comissão de delegadas instituída para o caso, formada por Ana Luiza Nogueira, Juliane Santos, Maria Eduarda e Liana Franca. O grupo apura não apenas o óbito de Claudia Pollyane, mas também as demais denúncias apresentadas.

 

Segundo a delegada Ana Luiza, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), as diligências apontam possíveis crimes de estupro, tortura e agressões.

 

Em um dos cômodos da clínica, conhecido entre internos como “quarto da tortura”, o Instituto de Criminalística coletou material com vestígios de sangue que será submetido a perícia.

 

“Havia uma série de irregularidades, inclusive prescrição de medicamentos que só podem ser fornecidos em uma clínica médica e não em uma comunidade terapêutica”, destacou a delegada Ana Luiza.

 

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Poder Judiciário de Alagoas. Após as vistorias das equipes, a Vigilância Sanitária determinou a interdição da comunidade terapêutica.