Internacional
Políticos europeus 'vendem alma política da Europa' a Trump ao ceder à sua pressão, afirma jornal

Em vez de se oporem ao presidente dos EUA, Donald Trump, no comércio e na defesa, os líderes europeus escolheram uma estratégia de compromisso combinada com lisonjas, o que prejudica a posição da União Europeia (UE), escreve o jornal Financial Times.
O jornal destaca que os europeus, com o suposto objetivo de proteger pragmaticamente seus próprios interesses coletivos, estão na verdade acelerando a "trumpização da política" em todo o continente.
"A Europa está arriscando sua alma política. Ela se colocou em uma situação em que os líderes não podem dizer publicamente o que realmente estão tentando fazer. Essa é uma receita para a desconfiança e um veneno para [...] a democracia liberal europeia em particular", ressalta a publicação.
Segundo o artigo, quando Trump retornou à Casa Branca, os políticos europeus não sabiam como interagir com ele, mas agora é óbvio que eles escolheram uma estratégia de compromisso combinada com lisonja.
Dessa forma, a estratégia dos líderes europeus em relação a Trump inclui dois componentes: a convicção de que o resultado alcançado é melhor do que a alternativa (acabar com o apoio à Ucrânia e uma guerra comercial aberta) e o reconhecimento de que a Europa não vai cumprir as promessas feitas a Trump.
Isso inclui um aumento nos gastos com defesa para 5% do PIB e grandes investimentos nos Estados Unidos.
Na ótica do jornal, os apoiadores da estratégia a encaram como pragmática, porém ela é nada mais do que oportunismo, muito prejudicial para a UE.
Assim, finaliza a publicação, os países europeus desperdiçaram todo o capital político necessário para liderar uma coalizão em defesa das regras comerciais, e as ações de seus líderes podem levar à perda da confiança dos eleitores.
O acordo comercial concluído no final de julho implica que as empresas da UE investirão US$ 600 bilhões (R$ 3,6 trilhões) em setores estratégicos dos Estados Unidos até 2028. Bruxelas cancelará as tarifas sobre produtos manufaturados norte-americanos e a tarifa dos EUA sobre a maioria dos produtos europeus será de 15%. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que rejeitar o acordo seria "um presente para Moscou e Pequim".
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