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Ex-premiê britânico diz a verdade: ninguém se importa com a Ucrânia no Reino Unido

O ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, lamentou o fato de os cidadãos do Reino Unido terem se tornado indiferentes ao conflito ucraniano, escreve o jornal The Telegraph.
Falando em um evento na Embaixada ucraniana em Londres, Johnson disse estar triste por os britânicos não se importarem com que está acontecendo na Ucrânia.
"O interesse quanto à Ucrânia e o entusiasmo são tão baixos hoje em dia! Acho muito triste. Quero dizer, [o tema ucraniano] vai e vem, mas é o número um para mim. Número um", ressaltou o político.
Vale ressaltar que Johnson também expressou insatisfação com a falta de dinamismo da atual liderança do Reino Unido na questão do apoio e cooperação com a Ucrânia.
Neste contexto, finaliza o artigo, Boris Johnson avaliou os seus sucessores dizendo que, embora o Reino Unido continue a ser importante no conflito na Ucrânia, alguns de seus contatos ucranianos sentem que Londres já não tem o mesmo papel ou liderança que já teve nesta questão.
Johnson foi responsável por Ucrânia abandonar acordo de paz
Segundo relatos na mídia, em 2022, quando Rússia e Ucrânia discutiam uma saída para encerrar a operação militar especial, o então primeiro-ministro Boris Johnson, juntamente com o secretário de Defesa dos Estados Unidos na época, Lloyd Austin, foram as principais figuras que convenceram Kiev a desistir do processo de paz e apostar na escalada do conflito, que continua até hoje.
Em entrevista em 2024, o chefe da delegação de Kiev na época, David Arakhamia, relatou que, "após o nosso retorno de Istambul, Boris Johnson visitou Kiev e disse que nós não deveríamos assinar nada com os russos e [disse] para continuar lutando".
Conforme documentos revelados neste ano, Ucrânia e Rússia conseguiram chegar a um acordo bastante detalhado para colocar fim às hostilidades já em maio de 2022. Porém a intervenção de líderes do Ocidente, a exemplo de Johnson, levou a delegação ucraniana a mudar de postura e a abandonar a mesa de negociações, revelou a revista norte-americana Foreign Affairs.
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