Moradores da Rua João do Né, no bairro Sonho Verde, em Palmeira dos Índios, estão vivendo uma rotina de descaso, abandono e riscos à saúde e à integridade física. Em denúncia enviada ao portal da Tribuna do Sertão, um leitor relatou a situação crítica de um trecho de aproximadamente 100 metros da rua que permanece sem calçamento, agravada pelas obras de escavação da Águas do Sertão/Conasa.

“Deixaram um pedaço da rua sem calçar e agora está pior com os buracos. Não há fiscalização nenhuma. A atual gestão veio aqui pedir voto na eleição e prometeu calçar, mas não cumpriu”, relata o morador.

Segundo ele, a área virou um canteiro de lama, areia e poeira, dificultando o tráfego de pedestres e veículos. A situação se agrava nos dias de chuva, quando o local se transforma em um verdadeiro lamaçal, e, em períodos de estiagem, a poeira invade casas e comércios, trazendo riscos respiratórios, especialmente para crianças e idosos.

Além disso, o entorno da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também foi citado como crítico. Segundo os moradores, a entrada da unidade de saúde está cheia de buracos e pedras soltas, tornando o acesso perigoso, inclusive para ambulâncias e pacientes em situação de emergência.

“Meu pai caiu esses dias por causa dos buracos e quase quebrou a perna. A rua está intransitável. Não conseguimos sair de casa a pé, de moto ou de carro. Estamos literalmente presos no barro e na poeira”, relatou o denunciante, que pediu sigilo do nome por medo de retaliações.

Obras sem conclusão e montanhas de areia

A comunidade também denuncia que a Águas do Sertão vem realizando escavações na cidade e depositando montanhas de areia e entulho nas imediações da Rua João do Né, dificultando ainda mais a mobilidade e piorando o cenário urbano.

O trecho não calçado é uma ferida aberta na via: por um lado, interrompe o fluxo de quem tenta atravessar o bairro, por outro, é a lembrança permanente de uma promessa eleitoral não cumprida pela gestão municipal.

População pede socorro

Cansados de esperar, os moradores decidiram procurar a imprensa e fazer um apelo público: "Estamos sucumbindo na lama e na poeira. Pedimos socorro. Queremos dignidade."

A Tribuna do Sertão encaminhou a denúncia à Prefeitura de Palmeira dos Índios e à Águas do Sertão e aguarda posicionamento oficial sobre a situação.

Enquanto isso, a comunidade cobra respeito, ação imediata e o cumprimento da promessa feita porta a porta durante a campanha eleitoral. Vídeos e imagens da situação foram enviados à redação e estão disponíveis também em nossas redes sociais.

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