Internacional
Pentágono contradiz Trump sobre os danos ao programa nuclear do Irã

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos contradisse nesta quarta-feira (2) as declarações do presidente Donald Trump sobre os danos causados às instalações nucleares iranianas de Fordow, Isfahan e Natanz.
Trump afirmou em diversas ocasiões que os ataques norte-americanos haviam destruído completamente essas instalações e classificou a ofensiva do país como "um sucesso militar espetacular".
No entanto, o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, adotou um tom menos triunfalista, em coletiva de imprensa nesta tarde, ao afirmar que "o programa nuclear iraniano foi atrasado entre um e dois anos".
A operação, batizada de "Martelo da Meia-Noite", foi realizada em 22 de junho e envolveu aproximadamente 125 aeronaves militares, incluindo bombardeiros B-2 Spirit, equipados com bombas antibúnker GBU-57A/B, além de submarinos da Marinha que lançaram mísseis de cruzeiro Tomahawk.
Os alvos principais foram as instalações de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz, além do complexo de Isfahan, um dos centros mais antigos do programa nuclear iraniano.
Relatórios internos da Agência de Inteligência de Defesa (DIA), vazados à imprensa local, revelam uma avaliação menos otimista. Segundo esses documentos, os bombardeios não foram tão eficazes quanto o esperado e teriam atrasado o programa nuclear de Teerã apenas por alguns meses, em contraste com a narrativa oficial de vitória esmagadora.
Implicações geopolíticas e repercussões
As declarações divergentes entre o Pentágono e Trump reacendem debates sobre a real eficácia de ataques militares preventivos contra instalações nucleares. Fontes próximas ao governo iraniano indicam que o país já iniciou trabalhos de reconstrução e reforço das instalações atingidas.
A discrepância entre as versões também tem impacto político interno nos Estados Unidos. Críticos do ex-presidente acusam Trump de exagerar os resultados da operação por motivos políticos, buscando projetar força em meio às pressões crescentes sobre sua liderança e decisões diplomáticas durante seu mandato.
Analistas internacionais alertam ainda que a escalada das tensões pode impulsionar o Irã a acelerar seus esforços nucleares em resposta ao ataque, dificultando a retomada de qualquer acordo diplomático, como o Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), abandonado pelos EUA em 2018 sob a própria administração Trump.
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