Internacional
Argentina julgará à revelia 10 acusados por ataque em 1994
Atentado contra Amia deixou 85 mortos em Buenos Aires

A Justiça argentina anunciou nesta quinta-feira (26) que autorizou o julgamento à revelia de 10 iranianos e libaneses acusados de organizar o ataque contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), que matou 85 pessoas em Buenos Aires em 18 de julho de 1994 e até hoje não foi plenamente esclarecido.
O juiz de primeira instância Daniel Rafecas acatou o pedido do promotor da unidade especial da Amia, Sebastian Basso, que em abril solicitou a acusação com base em uma nova lei que modifica o código de processo penal e permite "julgamentos à revelia".
Segundo o magistrado, a medida será permitida "dada a impossibilidade material de contar com a presença dos acusados e a natureza de crime de lesa humanidade do fato investigado".
Entre os 10 réus - que ainda não se apresentaram à justiça argentina - estão altos funcionários do regime dos aiatolás, como o ex-ministro da Defesa, Ahmad Vahidi; Mohsen Rezai, ex-comandante do corpo de Guardiões da Revolução entre 1993 e 1994; o ex-ministro das Relações Exteriores, Ali Akbar Velayati, além de membros da organização terrorista xiita libanesa Hezbollah e Hadi Soleimanpour, ex-embaixador do Irã em Buenos Aires.
O atentado na Amia é o pior ato terrorista na história da Argentina e também ficou marcado por pistas falsas, supostas tentativas de acobertamento e impunidade.
Apenas em abril de 2024, a Justiça argentina atribuiu ao Irã a responsabilidade pelo ataque, que teria sido executado pela "organização terrorista Hezbollah", financiada pelo "governo dos aiatolás".
Na ocasião, o governo argentino pediu a prisão do ministro iraniano do Interior, Ahmad Vahidi, membro do alto escalão da Guarda Revolucionária, como um dos supostos responsáveis pelo atentado à Amia.
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