A interceptação de mísseis iranianos contra a Base Aérea de Al-Udeid, dos EUA, no Catar, no início da semana, foi o maior engajamento com os sistemas de mísseis Patriot na história das Forças Armadas dos Estados Unidos, afirmou o general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, nesta quinta-feira (26).

"Na segunda-feira [23] [...] ao pôr do sol no oeste, o Irã ataca conforme os alvos são detectados. Cartuchos e mais cartuchos de mísseis Patriot são ejetados de seus cilindros por uma carga de lançamento inicial e, em seguida, o motor principal do foguete sólido é acionado. Você pode sentir isso no seu corpo se já esteve perto de um Patriot disparando, e cartucho após cartucho dispara e mira contra os mísseis que se aproximam. Acreditamos que este seja o maior engajamento com mísseis Patriot na história militar dos EUA", disse Caine em um briefing no Departamento de Defesa.

A situação no Oriente Médio se agravou no dia 13 de junho, quando Israel lançou ataques em larga escala contra o Irã, acusando-o de implementar um programa nuclear militar secreto. O Irã retaliou aos ataques israelenses atingindo alvos militares dentro de Israel. Também negou a dimensão militar de seu programa nuclear, alegação apoiada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que afirmou não ter evidências da posse de armas nucleares por Teerã.

No último domingo (22), os Estados Unidos atacaram três instalações nucleares iranianas — Natanz, Fordow e Isfahan —, levando Teerã a lançar um ataque com mísseis à Base Aérea de Al-Udeid na segunda-feira. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na noite de segunda-feira que Israel e Irã haviam concordado com um cessar-fogo que, após 24 horas, representaria o fim oficial da "guerra de 12 dias". Na terça-feira (24), Trump afirmou que o cessar-fogo entre Irã e Israel estava em vigor, instando as partes a não o violar.