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Ligação feita de Marechal Deodoro antes de assassinato intriga polícia em caso de delator do PCC

A última ligação feita pelo delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, pouco antes de ser assassinado, está despertando atenção especial da polícia paulista. O motivo? A chamada partiu de um número com DDD 82, registra

Vanessa Lima 25/06/2025
Ligação feita de Marechal Deodoro antes de assassinato intriga polícia em caso de delator do PCC

De acordo com relatório da Polícia de São Paulo, divulgado pelo portal UOL, a ligação foi realizada às 15h48 do dia 8 de novembro de 2024, logo após o pouso do voo que trouxe Gritzbach de Maceió ao Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Dezessete minutos depois, às 16h05, ele foi morto a tiros dentro do terminal.

O telefone utilizado na ligação estava guardado na mala do delator e foi apreendido após o crime. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação, extraiu os dados do aparelho, analisando registros entre 1º e 8 de novembro — período em que Gritzbach esteve hospedado em São Miguel dos Milagres, também em Alagoas.

A origem do número telefônico reforçou a linha de investigação dos policiais, já que Marechal Deodoro é a mesma cidade onde vivia o agente penitenciário David Moreira da Silva, preso em fevereiro de 2023 no loteamento Porto das Pedras. David foi indiciado juntamente com Gritzbach pelos homicídios de dois traficantes ligados ao PCC: Anselmo Becheli Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, executados a tiros em dezembro de 2021, no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo.

A coincidência geográfica entre o número da última ligação e o endereço do ex-agente penitenciário acendeu o alerta dos investigadores, que agora aprofundam as conexões entre os dois e os desdobramentos do crime.