Internacional
Israel ataca instalação nuclear no Irã em 9º dia de conflito
Exército diz ter matado comandante da Guarda Revolucionária

Novos ataques mútuos entre Israel e Irã foram realizados neste sábado (21), no nono dia do conflito que já provocou ao menos 430 mortos e 3,5 mil feridos, segundo as autoridades iranianas.
Durante esta madrugada, as Forças de Defesa de Israel (FDI) alegaram ter atingido depósitos e locais de lançamento de mísseis no centro do Irã.
A agência iraniana Fars informou que o alvo da operação foi uma instalação nuclear na cidade de Isfahan, mas confirmou que não houve vazamento de substâncias perigosas.
Hoje, as FDI também revelaram que, nos últimos dias, uma série de ataques intensos de aviões de guerra israelenses destruíram mais de 50% dos lançadores de mísseis balísticos do país, e que muitos outros estão presos em túneis danificados nas montanhas iranianas.
De acordo com os militares, os iranianos estão tendo dificuldades para disparar dezenas de mísseis planejados para Israel a partir do oeste do país persa.
Segundo o Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, os ataques contra o Irã também atrasaram a capacidade de Teerã de desenvolver uma arma nuclear "em pelo menos dois a três anos".
"A ofensiva israelense, que atingiu centenas de instalações nucleares e militares, matando comandantes de alta patente e cientistas nucleares, produziu resultados muito significativos", disse Saar.
O ministro israelense disse ainda que avaliações recebidas pelo governo de Benjamin Netanyahu mostram que Israel já adiou "em pelo menos dois a três anos a possibilidade de eles terem uma bomba nuclear".
"O fato de termos eliminado aqueles que lideraram e promoveram a militarização do programa nuclear é extremamente importante", acrescentou Saar. "Já conquistamos muito, mas faremos tudo o que pudermos. Não pararemos até que tenhamos feito tudo o que pudermos para eliminar essa ameaça."
Em meio à ofensiva, cinco membros da Guarda Revolucionária do Irã foram mortos esta manhã em um ataque israelense em Khorramabad, província de Lorestan, cerca de 470 quilômetros a sudoeste de Teerã, informou a agência de notícias Tasnim, identificando as vítimas como Sajjad Madhani, Hamid Aghaei, Samad Lorestani, Abbas Sharafi e Alireza Sabzipour.
Além disso, as FDI deflagraram uma operação contra o carro onde estava Behnam Shahriyari, chefe da Guarda Revolucionária do Irã, e o mataram na madrugada deste sábado.
De acordo com o Exército israelense, Shahriyari era responsável por todas as transferências de armas do regime iraniano para seus representantes no Oriente Médio e estava no veículo, em uma área a oeste do Irã, quando foi identificado e morto em um ataque aéreo.
Por outro lado, a polícia da província de Qom, no Irã, anunciou que 22 pessoas acusadas de "espionar para Israel" foram presas, informou a agência de notícias Fars.
Desde os primeiros ataques israelenses em 13 de junho, "22 pessoas foram identificadas e presas sob acusações de ligação com os serviços secretos do regime sionista e de perturbação da opinião pública", disse o chefe de inteligência da polícia provincial, citado pela agência iraniana.
Sirenes de alarme também soaram no centro de Israel esta noite, enquanto explosões foram ouvidas em Tel Aviv, relata o correspondente da ANSA no local.
Um incêndio foi relatado em um apartamento no centro do território israelense, provavelmente causado por destroços de um míssil abatido pelas defesas aéreas. O Irã teria disparado de 5 a 10 mísseis contra Israel.
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