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Preço do petróleo dispara com risco de retaliação de Irã contra os EUA

Por Sputinik Brasil 22/06/2025
Preço do petróleo dispara com risco de retaliação de Irã contra os EUA
Foto: © AP Photo / LM Otero

O medo de que falte petróleo e gás após os ataques dos EUA contra instalações nucleares no Irã, um dos principais fornecedores desse combustível na região, fez o preço do petróleo disparar.

A cotação subiu 5,7% nesta segunda-feira (23) na abertura dos negócios, o preço do petróleo chegou a US$ 81,40 por barril.

Os ataques foram anunciados neste sábado (21) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra três instalações nucleares iranianas, que ameaçou novos ataques. Teerã afirmou que o próprio direito internacional lhe permite defender-se dos ataques estadunidenses.

As taxas de frete e os preços previstos para os próximos meses já haviam aumentado na semana passada, depois que Israel atacou o Irã na semana passada. O Oriente Médio responde por cerca de um terço da produção mundial de petróleo.

Fechamento do estreito de Ormuz pode disparar ainda mais preço do petróleo

O parlamento iraniano aprovou o fechamento do estreito de Ormuz, por onde passa cerca de um quinto da produção mundial de petróleo. A medida só pode ser implementada com a aprovação explícita do líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei.

A decisão é uma resposta ao ataque norte-americano perpetrado na noite de sábado (21) contra três instalações nucleares iranianas, entre elas a usina de Fordow, crucial para o programa nuclear iraniano.

Nos últimos meses, a Opep tem aumentado a produção de petróleo aos poucos para tentar recuperar espaço no mercado. Os países da Opep+ ainda têm uma boa margem para extrair mais petróleo rapidamente, se acharem necessário e assim minimizar uma possível crise.

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse em entrevista à CBS neste domingo que não descarta uma nova ação militar dos EUA se o Irã fechar a passagem.

"Não vou descartar qualquer ação do presidente [Donald Trump]. Não é algo que estejamos dispostos a discutir como um cenário iminente, mas se o Irã decidir fechar o estreito, os primeiros a se indignar seriam os chineses, eles dependem do petróleo que passa por lá", disse Rubio.