A dominação masculina inventou a fala feminina, porque sempre quis calar as mulheres. São vários os meios usados para silenciar suas falas: de menosprezos pelo que elas dizem e pelo modo como falam, passando por violências físicas e simbólicas contra seus corpos, até chegar aos feminicídios. Assim começa a sinopse do livro "A fala feminina: silenciamentos e resistências", de autoria de Amanda Braga, professora do Departamento de Língua Portuguesa e Linguística da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Carlos Piovezani, professor do Departamento de Letras (DL) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).


De acordo com os autores, o livro "retraça a história desse longo silenciamento da fala das mulheres, mas também a de sua obstinada resistência a esse ancestral e ainda atual 'Cala a boca!'. Do mundo antigo ao Brasil contemporâneo, a fala feminina foi e ainda é concebida como sedução dos homens e perdição da humanidade". Por essa razão, as lutas femininas e feministas pela palavra, principalmente no espaço público, foram e continuam a ser batalhas decisivas para a emancipação das mulheres, sobretudo das que mais sofrem com os silenciamentos da dominação masculina, do colonialismo e das opressões de classe.


A obra tem apresentação da deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP), prefácio de Marlène Coulomb-Gully, professora emérita da Universidade de Toulouse, na França, e especialista em relações entre gênero, linguagem e política, e quarta capa da deputada federal Talíria Petrone (PSOL/RJ).


O livro pode ser adquirido pelo site da Editora Jandaíra. Mais informações podem ser obtidas com o autor pelo WhatsApp (16 98143-7309) ou e-mail [email protected].