Internacional
Alemanha precisa recrutar mais 80 mil soldados para atingir as metas da OTAN, diz mídia

A Bundeswehr (forças armadas) da Alemanha precisa aumentar o efetivo em 80.000 soldados para atingir as novas metas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), informou o jornal Handelsblatt nesta segunda-feira (2), citando fontes de segurança.
Novas metas de capacitação para os aliados da OTAN serão definidas ainda nesta semana em uma reunião de ministros da Defesa da aliança em Bruxelas, enquanto a decisão final será tomada na cúpula da OTAN em Haia, nos dias 24 e 25 de junho, segundo a mídia.
Veículos de notícias noticiaram na semana passada que a Aliança Atlântica solicitaria à Alemanha o fornecimento de mais sete brigadas ou 40.000 soldados para a defesa da aliança. No entanto, o Handelsblatt observou que isso também inclui requisitos adicionais em outras áreas. No total, a necessidade adicional de tropas da Alemanha chegará a 80.000, e essa meta deve ser alcançada em 15 anos.
Andre Wustner, chefe da união militar alemã, afirmou na sexta-feira (30) que, dependendo do que for decidido na cúpula da OTAN em Haia, a Bundeswehr precisará de 40.000 a 60.000 soldados adicionais além da meta. Isso significa que o Exército terá que aumentar para 260.000 soldados, afirmou ele.
A meta atual de efetivos militares na Alemanha é de 203.000, mas o tamanho do Exército alemão vem diminuindo há dois anos consecutivos e era de cerca de 182.000 em março de 2025. Apesar dos múltiplos apelos de políticos alemães para restaurar o serviço militar universal, abolido em 2011, o chanceler Friedrich Merz afirmou em abril que ele permaneceria voluntário.
O jornal alemão Die Welt noticiou em maio, citando autoridades de recrutamento militar, que um aumento significativo no tamanho do Exército alemão, mantendo o serviço militar voluntário, seria impossível devido à sua baixa atratividade para os alemães. Até 30% dos soldados contratados deixam o Exército, a Marinha e a Força Aérea alemães nos primeiros seis meses de serviço devido à falta de perspectivas de carreira, à necessidade de trabalhar fora de casa e à grosseria durante o treinamento, informou o jornal, citando documentos militares internos.
Em março, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que as forças armadas não tinham quartéis suficientes para abrigar os recrutas e restabelecer o alistamento militar universal, acrescentando que os dados sobre aqueles aptos ao alistamento também precisavam ser coletados primeiro.
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