O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta segunda-feira (26) que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pode entrar entrar na lista de sancionados pelos EUA, por solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação do deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atuar nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

O pedido de abertura de inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi feito ontem e o STF aceitou a denúncia nesta tarde.

"É bizarro como a democracia acabou no Brasil: até o chefe do Ministério Público Federal usa seu poder para perseguir um parlamentar que está buscando ajuda internacional, exatamente porque no Brasil não há a quem recorrer das atrocidades cometidas por Alexandre de Moraes", disse o senador que é irmão de Eduardo Bolsonaro.

Segundo ele, assim o como o ministro Alexandre de Moraes, ele também pode ser punido pelo governo norte-americano por perseguir sua família.

"Agora que estão vendo que é sério, Gonet repete o veneno usado por Alexandre de Moraes — que pode levá-lo a ser sancionado pelo governo americano — para aumentar a perseguição a 'Eduardo Bolsonaro'. E com a iniciativa mesquinha de instaurar um inquérito fake contra Eduardo Bolsonaro, Gonet faz mais uma 'cagada' e ratifica às autoridades americanas o estado de exceção vigente no Brasil. Inscreveu-se com força no rol de possíveis sancionados junto com Moraes! Eu já vi pessoas carregarem um caixão até a cova, mas nunca tinha visto ninguém se enterrar junto", escreveu o senador em suas redes sociais.

De acordo com a PGR há material suficiente para acusar Eduardo Bolsonaro de coação no curso do processo contra integrantes da Corte. Licenciado do cargo e morando nos Estados Unidos desde fevereiro, o deputado e filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2023).O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes é o relator desse e de outros casos envolvendo Jair Bolsonaro na Corte e decretou sigilo no trâmite da investigação.

Moraes também determinou que Bolsonaro pai esclareça à Corte a declaração que fez de que sustenta financeiramente Eduardo Bolsonaro no exterior.

Na semana passada o chefe do Departamento de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou em depoimento à Comissão de Relações Exteriores do Congresso americano, que há "perseguição política" da oposição no Brasil e cogitou a imposição de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky, que permite punições a autoridades estrangeiras acusadas de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Dentre as punições, a lei prevê bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA.

Por Sputinik Brasil