Os mais recentes ataques militares israelenses mataram pelo menos 23 palestinos na Faixa de Gaza neste domingo (25) nas regiões de Khan Younis, Jabalia e Nuseirat. Segundo as autoridades locais, entre as vítimas estão um jornalista local e um oficial sênior do serviço de resgate.

De acordo com a Reuters, os últimos ataques israelenses em diferentes regiões da Faixa de Gaza resultaram em várias mortes, segundo médicos locais. Em Jabalia, um ataque aéreo matou o jornalista Hassan Majdi Abu Warda e membros de sua família, enquanto em Nuseirat, outro bombardeio tirou a vida de Ashraf Abu Nar, um alto oficial do serviço de emergência civil, e sua esposa.

A morte de Abu Warda elevou para 220 o número de jornalistas palestinos mortos desde o início da ofensiva israelense em 7 de outubro de 2023, de acordo com a assessoria de imprensa do governo de Gaza, controlado pelo Hamas. Ainda segundo a apuração, a mesma fonte afirmou que Israel agora controla 77% do território da Faixa de Gaza, seja por presença militar direta ou por meio de evacuações forçadas e bombardeios.

Grupos militantes palestinos como o Hamas e a Jihad Islâmica relataram, em comunicados separados, que realizaram emboscadas e ataques com explosivos e foguetes antitanque contra tropas israelenses em várias áreas de Gaza, demonstrando que ainda há resistência ativa a Israel.

Na sexta-feira (23), o Exército israelense informou ter realizado ataques noturnos em Gaza, atingindo 75 alvos, incluindo depósitos de armas e lançadores de foguetes em uma combinação de ofensiva aérea e terrestre, parte da Operação Carruagens de Gideão em curso no enclave.

A campanha militar israelense foi desencadeada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas em Israel e no sequestro de mais de 250 reféns. Desde então, o conflito se intensificou, com consequências devastadoras para a população civil palestina.

Segundo autoridades de saúde de Gaza, mais de 53.900 palestinos já morreram desde o início do conflito, sendo em sua maioria mulheres e crianças. A destruição generalizada da infraestrutura e os bloqueios têm agravado a crise humanitária, com organizações alertando para a disseminação de desnutrição severa entre os habitantes da Faixa de Gaza.