Esportes
STJD suspende Miguelito, acusado de racismo, por cinco jogos na Série B

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) suspendeu o meia Miguelito por cinco jogos na Série B do Campeonato Brasileiro, em julgamento realizado nesta segunda-feira. O jogador, que pertence ao Santos e está emprestado ao América-MG, foi punido por suposto caso de racismo em jogo da segunda divisão.
A decisão foi tomada pela Primeira Comissão Disciplinar, por três votos a dois. Miguelito foi enquadrado no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata de discriminação racial: "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
A direção do América já avisou que vai entrar com efeito suspensivo para poder contar com o jogador enquanto o caso não passar por novo julgamento. O clube mineiro também deve recorrer ao Pleno para tentar reverter a punição de forma definitiva.
Miguelito foi denunciado porque teria proferido ofensas discriminatórias ao atacante Allano, do Operário-PR, em jogo da sexta rodada da Série B. Ambos os jogadores aguardavam a cobrança de uma falta quando Miguelito, de origem boliviana, teria proferido a expressão "Preto do C******", de acordo com a súmula da partida.
Após o fim da partida, atletas e testemunha foram conduzidos por uma equipe da Polícia Militar até uma delegacia onde foi dada voz de prisão em flagrante a Miguelito. O jogador do América chegou a ser detido em Ponta Grossa, local da partida. E foi liberado da prisão no dia seguinte para responder em liberdade pela denúncia de injúria racial.
O América também foi réu no julgamento desta segunda e escapou de perder o mando de campo e até os pontos da partida. O STJD absolveu o clube de forma unânime.
Mais lidas
-
1EDUCAÇÃO
Secretaria de Estado da Educação abre inscrições para curso gratuito de Libras
-
2NO AGRESTE
Ministério Público convoca prefeita de Lagoa da Canoa para reunião sobre concurso público municipal
-
3MEMÓRIA
O martírio de Irmã Ana: 30 anos do crime que abalou Palmeira dos Índios
-
4HISTÓRIA
A saga de Lampião e Maria Bonita, 83 anos após a chacina de Angicos
-
5MANDADO DE SEGURANÇA
Justiça derruba decreto de prefeita e obriga cidade a engolir obra da CONASA/Júlio Cezar