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Ladrão entrou no INSS no governo Bolsonaro, diz ministro no Senado

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À Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, disse que foi entre 2019 e 2022, com o fim da revalidação dos descontos de aposentados e pensionistas, que as fraudes aumentaram. É que uma medida provisória de 2019 previa a revisão anual dos descontos. Depois, por conta da pandemia, esse prazo foi adiado. Em 2022, o Congresso derrubou essa previsão em lei sancionada sem vetos pelo governo anterior. Ou seja, acabou com qualquer tipo de revisão. Foi nesse período, segundo o ministro, que o “ladrão entrou em casa”


“O que vinha sendo gestado dentro do Congresso a partir de 2019, para que houvesse uma revalidação de cada um daqueles que autorizavam o desconto, isso foi sepultado por essa MP e por essa lei em 2022. E é exatamente nesse momento, nesse interregno entre 2019 e 2022, que o ladrão entra na casa.”
Nessa época, pelo menos 11 associações surgiram. Todas, irregulares, segundo o ministro da Previdência. Criadas justamente para fraudar aposentados e pensionistas. E aí a situação chegou ao que foi apurado pelas autoridades.
Wolney Queiroz voltou a falar que essa é uma situação preocupante e prioritária para o governo. Tanto é que o próprio presidente Lula disse para ele que era preciso cuidar dos aposentados.
“Quero virar a página desse fato, ressarcir os aposentados, buscar os culpados e fazer com que nenhum aposentado ou pensionista seja prejudicado. Essa foi a determinação do presidente Lula.”
Ele falou também das medidas tomadas e do bloqueio dos R$ 2,5 bilhões das associações para o ressarcimento. Dinheiro que pode aumentar.
“A tendência é que esse valor vá muito mais além porque as investigações da Polícia Federal e da CGU estão em curso. Os bloqueios de bens estão aumentando, as investigações podem alcançar novos bens e podem aumentar em muito nesse valor. E é desse valor, das empresas fraudulentas, fantasmas, que roubaram os aposentados, é deles que nós vamos buscar responsabilização e o ressarcimento dos aposentados.”
Importante reforçar que o aposentado vai receber o ressarcimento via folha de pagamento do INSS. Não vai, em nenhum momento, entrar em contato com associações.
Caso as associações não cumpram o prazo de 15 dias para repassar ao INSS o valor descontado irregularmente, elas irão responder à Advocacia Geral da União (AGU) que, inclusive, criou uma força tarefa especialmente para isso. O caso será apurado “até às últimas consequências”, reforçou o ministro da Previdência aos senadores.

Geral Wolney Queiroz, da Previdência, falou sobre fraude no INSS Brasília 15/05/2025 - 15:48 Sâmia Mendes / Rilton Pimentel Priscilla Mazenotti – Repórter da Rádio Nacional fraude INSS Wolney Queiroz Senado Federal quinta-feira, 15 Maio, 2025 - 15:48 2:57
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