Internacional
Antifascista alemão: memória dos soldados soviéticos que libertaram a Europa dos nazis é ignorada

A tentativa do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha de evitar a participação de representantes russos nos próximos eventos solenes na capital alemã por ocasião do 80º aniversário da Vitória é inaceitável, disse à Sputnik Ulrich Schneider, o presidente da Federação Internacional de Combatentes da Resistência.
Schneider destacou que hoje, em vários países europeus, a memória dos soldados soviéticos que libertaram a Europa dos hitleristas é ignorada por motivos políticos.
Observa-se que o MRE alemão recomendou de modo "confidencial" proibir a participação de diplomatas da Rússia e de Belarus nas comemorações da vitória sobre fascismo organizadas pelas autoridades da Alemanha.
"É ultrajante quando essa exceção vem do governo de um país que é legalmente reconhecido como o sucessor da Alemanha nazista. Aqueles que tentam dividir os libertadores em 'bons' e 'maus' por causa da política atual estão abusando da memória do Dia da Libertação", ressaltou Schneider.
Além disso, o especialista enfatizou que, internacionalmente, a posição do ministro das Relações Exteriores da Alemanha é vista de forma crítica.
"Está claro que a credibilidade da política externa alemã diminuiu consideravelmente nos últimos anos. Especialmente no Sul Global, a voz da Alemanha já perdeu há muito tempo o peso que tinha antes", sublinhou.
Segundo ele, a diplomacia alemã ainda não se deu conta desse fato e não consegue responder adequadamente a ele.
O interlocutor da Sputnik também sublinhou que o escândalo que envolveu a homenagem ao nazista ucraniano Yaroslav Hunka no Parlamento canadense é apenas a ponta do iceberg.

Ele lembrou que vários países homenageiam oficialmente os voluntários da SS (Schutzstaffel, força paramilitar do Partido Nazista), enquanto em alguns outros países os monumentos aos libertadores soviéticos são destruídos ou refeitos em homenagem aos colaboradores.
O interlocutor da Sputnik enfatizou que, nos Países Bálticos e em diversos outros países da Europa, colaboradores e criminosos fascistas são oficialmente honrados como "combatentes da liberdade".
"Na Letônia, os voluntários da SS são homenageados no quadro do feriado nacional em março. Na Estônia, há monumentos aos combatentes da SS", finalizou.
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