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Corpo encontrado pela polícia em Guaxuma passará por exame de DNA; identificação pode demorar 15 dias

Redação com Ascom Polícia Científica 07/05/2025
Corpo encontrado pela polícia em Guaxuma passará por exame de DNA; identificação pode demorar 15 dias

Após várias tentativas de identificação por meio dos exames de necropapiloscopia e de arcada dentária, a Polícia Científica confirmou nesta terça-feira, 06, que o corpo encontrado em Guaxuma, em Maceió, seguirá para exame de DNA. Amostras biológicas do cadáver, da mãe e de uma irmã foram coletadas e encaminhadas para análise no Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió. A Polícia Civil acredita que o corpo seja da jovem Ana Beatriz Moura, desaparecida desde 8 de abril.

O perito criminal, Clisney Omena, responsável pelo exame, explicou que, em função do estado de decomposição em que o cadáver foi encontrado, as amostras precisam ser submetidas a um método de extração mais complexo e que demanda maior tempo. Essas amostras ficarão incubadas em ácido etilenodiaminotetra-acético (EDTA) durante cinco dias para desmineralizar os ossos.

“A partir daí vai se proceder ao processo de extração e às demais etapas dos exames até chegar à eletroforese, etapa final em que é possível obter o perfil genético. Todo esse processo deve demandar um prazo de no mínimo 15 dias, para a conclusão da análise e emissão do laudo do exame de confronto genético”, explicou o perito criminal.

A causa da morte também está sendo apurada pelo Laboratório de Química e Toxicologia Forense do Instituto de Criminalística. O material estomacal coletado durante o exame cadavérico no Instituto Médico Legal Estácio de Lima foi enviado para a unidade analisar a possibilidade de uma morte por envenenamento, já que na necropsia não foram encontradas lesões por arma branca ou de fogo.

O corpo do sexo feminino foi encontrado dentro de uma fossa fria e úmida, o que provocou o processo chamado na medicina legal de saponificação. Esse estado decomposto impossibilitou a identificação pelas digitais e antropologia forense, enquanto a identificação pela arcada dentária ficou prejudicada pela insuficiência de elementos na documentação de tratamentos odontológicos feitos pela vítima e que foi apresentado pela família.