A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) é sede da Olimpíada Internacional de Química em 2025, a primeira vez que o evento será realizado na América Latina.

Nesta terça-feira (6), foi marcada a cerimônia de abertura no Parque do Palácio, em Belo Horizonte, do evento considerado importante para a ciência brasileira e para a parceria entre países do BRICS, especialmente Brasil e Rússia.

A reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart Almeida, destacou à Sputnik Brasil a importância da iniciativa para a universidade e para o país.

"É uma honra enorme poder receber este evento, não só por causa das nossas parcerias com as instituições russas, que já vem de longa data e se expandiu muito no último ano através das missões que nós realizamos, mas também pelo fato de ser a primeira vez que esse evento é realizado na América Latina."

Ela também enfatizou o papel de destaque da instituição na área. "Então nós temos um Departamento de Química que é muito robusto, que são dos melhores do país, então poder receber essa Olimpíada aqui e fazer essa ligação entre a pesquisa que nós fazemos na academia e também ter essa relação, essa proximidade com a educação básica de vários países também é muito importante."

"É por isso que a colaboração entre diferentes países, especialmente países grandes, com sistemas educacionais muito desenvolvidos, como Rússia e Brasil, é extremamente importante."

Além do prestígio de sediar a competição, a reitora vê o evento como uma oportunidade para expandir colaborações científicas: "A gente espera que esse evento seja apenas um dos marcos entre as atividades que nós vamos desenvolver na área da química, então a gente espera que a gente possa desenvolver as pesquisas conjuntas, intercâmbio de estudantes, intercâmbio de professores e que a gente possa expandir também essa cooperação."

"Como eu disse, a ciência é prioridade para o nosso país, nós sabemos a importância da ciência para o nosso país. Desenvolvimento social e econômico dos nossos países e as instituições custas também compartilham desse entendimento da importância da ciência. Nós temos muito campo para cooperar conjuntamente."

A parceria entre Brasil e Rússia também foi ressaltada pelo professor russo Stepan Nikolaevitch Kalmykov, diretor científico da Faculdade de Química da Universidade Estatal de Moscou (MGU) e vice-presidente da Academia de Ciências da Rússia (RAN).

"Há muitos tópicos que unem o Brasil e a Rússia. A química é um dos mais importantes porque a química nos cerca. É, por exemplo, uma nova medicina, são novos materiais que usamos, que manuseamos em nossas casas, é uma energia que precisamos em todos os lugares, é ecologia, é tudo o que nos cerca em nossa vida em comum."

"É por isso que a colaboração entre diferentes países, especialmente países grandes, com sistemas educacionais muito desenvolvidos, como Rússia e Brasil, é extremamente importante."

Neste primeiro dia, houve apresentações de samba, capoeira e da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil foram destaque que levaram as centenas de estudantes da competição a se encantarem com as exibições.

Por Sputinik Brasil