Internacional
Será difícil implementar o acordo entre Kiev e Washington sobre recursos minerais, aponta jornal

Vários especialistas estadunidenses veem problemas na implementação do acordo entre os EUA e a Ucrânia sobre minerais, informa o jornal The Washington Post.
O jornal destaca que há muitos fatores que fariam as empresas norte-americanas ter dúvidas sobre a exploração de petróleo e gás na Ucrânia.
"Não estou convencido de que as grandes empresas, que têm oportunidades em todo o mundo, vejam este local como um lugar competitivo para investir", ressalta a publicação, citando Ben Cahill, pesquisador de energia da Universidade do Texas em Austin.
Segundo o artigo, as oportunidades ucranianas na área de petróleo e gás provavelmente serão limitadas.
Observa-se que muitas das reservas de gás estão na zona de combates, onde as empresas relutariam em investir, mesmo no caso de um acordo de paz.
Ao mesmo tempo, continua o jornal, as empresas de energia têm locais alternativos para extrair gás, onde a infraestrutura já está desenvolvida e os riscos de investimento são menores, por exemplo, no Azerbaijão e em outros lugares.
Além disso, enfatiza a publicação, o acordo com a Ucrânia não avança as cadeias de suprimento de minerais de terras raras para os Estados Unidos.
"Temos dificuldades em arrecadar dinheiro para a exploração mineral em lugares como os Estados Unidos, o Canadá e a Austrália [...]. Pense em como será ainda mais difícil arrecadar dinheiro para essas atividades em estágio inicial na Ucrânia", disse ao jornal Ashley Zumwalt-Forbes, que foi vice-diretora de baterias e materiais críticos no Departamento de Energia durante a administração Biden.

Destaca-se que as empresas americanas veem poucos benefícios em considerar a Ucrânia como fornecedora de lítio, por exemplo.
Além das ameaças contínuas à segurança, a infraestrutura danificada aumenta os custos de desenvolvimento e pode reduzir o retorno dos investidores.
Outras dificuldades na realização do negócio estão relacionadas a questões da cadeia de suprimentos dos EUA, que dizem respeito principalmente ao refino e não à mineração, isto porque o acordo não especifica que a Ucrânia se tornará um local de processamento de minerais.
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