Política

Acordão político avança: nomeações de secretários-adjuntos na Prefeitura de Palmeira dos Índios seguem contemplando aliados da Câmara

Filho de vereador está entre os recém nomeados; Nomeações mostram que governo de Luísa Duarte é frágil e cada vez mais dependente da edilidade

Redação 09/04/2025
Acordão político avança: nomeações de secretários-adjuntos na Prefeitura de Palmeira dos Índios seguem contemplando aliados da Câmara
Vereador Gileno Sampaio Filho - Foto: Blog do Kleverson Levy

A Prefeitura de Palmeira dos Índios deu prosseguimento ao que vem sendo chamado nos bastidores de “acordão político” com a base de vereadores governistas, com novas nomeações para cargos de secretário-adjunto em diversas pastas. A edição do Diário Oficial do Município de 8 de abril trouxe a nomeação de Gileno Costa Sampaio Neto como secretário-adjunto de Desenvolvimento da Infraestrutura Urbana e Rural. Ele é filho do vereador Gileno Costa Sampaio Filho (PRD), o que reacende os questionamentos sobre a distribuição de cargos com fins políticos.

As nomeações se somam a outras já publicadas na edição de 3 de abril do Diário Oficial. Naquela data, foram nomeados para cargos semelhantes:

• Micael Farias da Silva, como secretário-adjunto de Desenvolvimento Comunitário;

• Pedro Trajano de Souza Filho, como secretário-adjunto de Agricultura e Desenvolvimento Agrário.

Esses cargos possuem status de comissão (CC-2), o que permite livre nomeação por parte do Poder Executivo, sem necessidade de concurso.

As nomeações ocorrem em meio ao início da gestão da prefeita Luísa Duarte, apontada pelo ex-prefeito James Ribeiro como “manipulada” por seu antecessor, o ex-prefeito Júlio Cezar. A continuidade das nomeações para apadrinhados políticos reforça os indícios de que parte do governo municipal ainda se move sob a influência de acordos articulados por Júlio.

Fontes ouvidas pela reportagem, sob reserva, afirmam que mais novos nomes ligados a vereadores devem ser contemplados com cargos no segundo e terceiro escalões da administração.

A expectativa agora gira em torno da reação da população e dos órgãos de controle externo, especialmente diante de possíveis conflitos de interesse entre o exercício do mandato parlamentar e os benefícios administrativos concedidos a familiares dos legisladores.