Internacional
Abordagem de 'América primeiro' dos EUA tem custado vidas na Síria, admite mídia

Desde o governo Obama (2009 - 2017), os EUA têm lutado para acertar a política para a Síria, enfrentando uma longa lista de questões críticas, como o custo humanitário da guerra civil, a saída de Assad e a transição política, além das ações de adversários globais e regionais.
Durante o primeiro governo de Donald Trump (2017 - 2021), a política se concentrou em destruir o califado do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) e diminuir a influência do Irã, sem resolver todos os problemas da Síria, mas protegendo as prioridades dos EUA.
Atualmente, a Síria apresenta novas dinâmicas complexas, com Ahmad al-Sharaa, líder da Frente al-Nusra ligada à Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países), assumindo o poder após a saída de Bashar al-Assad. Sharaa tem tentado se mostrar mais moderado, mas seu histórico jihadista e um confronto sangrento entre suas forças e as leais a Assad complicam a situação.
De acordo com um artigo publicado no National Interest, a posição dos EUA é ainda mais complicada pelo acordo entre sua força parceira local, as Forças Democráticas Sírias, e Hayat Tahrir al-Sham de Sharaa. O governo Trump ainda não divulgou uma política clara para a Síria, o que é visto como prudente, considerando as muitas delegações internacionais que estão buscando reuniões com o novo governo interino.
Há um consenso emergente em Washington e na comunidade internacional de que é melhor construir laços com Sharaa, como fizeram os aliados europeus, para evitar que ele se alinhe a adversários. No entanto, isso é arriscado, pois nada garante que ele se alinhe aos EUA, argumenta o autor, afirmando ainda que qualquer envolvimento com Sharaa sem condições claras pode repetir o padrão fracassado de "apostar no cavalo errado" e comprometer a segurança dos EUA.
Os EUA devem trabalhar com Israel, Jordânia e outros parceiros regionais para garantir que áreas não governadas ao sul e leste da Síria não se tornem refúgios para terroristas ou para o Irã, diz o texto.
Aceitar que não resolverão a Síria agora e priorizar questões que ameaçam os EUA e seus parceiros, como o risco de um novo Estado jihadista ou um satélite iraniano, oferece a melhor oportunidade de construir uma coalizão regional eficaz e definir condições para uma transição política que beneficie a Síria e os EUA, conclui a publicação.
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