Cidades
Enquanto Palmeira dos Índios ignora segurança no Açude do Goiti, Campo Grande (MS) deu exemplo com proteção no Lago do Amor
A falta de segurança no Açude do Goiti, em Palmeira dos Índios, já cobrou um preço alto: o afogamento de João Barros da Silva, ocorrido no sábado e constatado no último domingo (02).
A tragédia expôs a negligência da prefeitura, que investiu milhões na revitalização do espaço, mas não adotou medidas de proteção para evitar acidentes. O caso reforça o descaso da gestão municipal com a segurança da população, especialmente quando comparado a exemplos bem-sucedidos em outras cidades, como Campo Grande no Mato Grosso do Sul.
Campo Grande tomou medidas preventivas, Palmeira dos Índios, não
Em Campo Grande, a prefeitura e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) tomaram a iniciativa de instalar grades de proteção no Lago do Amor, um dos principais cartões-postais da cidade.
O objetivo foi evitar acidentes, preservar os animais e impedir o descarte de lixo na área. A medida foi bem recebida pelos moradores, que agora se sentem mais seguros ao frequentar o local.
Em contrapartida, a prefeitura de Palmeira dos Índios gastou R$ 13,5 milhões na reforma do Açude do Goiti, mas não instalou nenhum tipo de cerca para impedir que banhistas acessem áreas de risco.
A ausência de um posto fixo da Guarda Municipal para fiscalização agrava ainda mais a situação, tornando o local um verdadeiro perigo para a população.
Primeira tragédia após a reforma – quantas mais serão necessárias?
A morte de João Barros da Silva não foi um caso isolado. Nos últimos 30 anos, mais de 40 pessoas morreram afogadas no Açude do Goiti, e a gestão municipal segue ignorando o problema.
Em outros municípios, a preocupação com a segurança pública já resultou na instalação de barreiras de proteção, postos de guarda e fiscalização rigorosa para evitar tragédias.
No entanto, em Palmeira dos Índios, a negligência continua, deixando o espaço público exposto a riscos iminentes.
Sem proteção, população continua vulnerável
Moradores da cidade relatam que não há qualquer orientação e a fiscalização é feita por rondas em carros de luxo, e muitos banhistas, por desconhecimento dos perigos, acabam se arriscando.
Além disso, a presença de jacarés no açude já foi relatada por frequentadores nas redes sociais, levantando preocupações sobre ataques.
O exemplo de Campo Grande deveria servir de referência para a prefeitura de Palmeira dos Índios, que precisa tomar medidas urgentes antes que novas tragédias aconteçam.
Afinal, quantas vidas mais precisarão ser perdidas até que o poder público tome uma atitude?
Açude do Goití apesar de ter consumido milhões do erário não oferece proteção para usuários do equipamento público
Mais lidas
-
1EDUCAÇÃO
Seduc oferta mais de 200 vagas em curso gratuito de Libras
-
2PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Afogamento no açude do Goiti expõe negligência da Prefeitura e falta de segurança pública
-
3POLÊMICA
Advogado denuncia possível ligação entre demarcação de terras indígenas em Palmeira dos Índios e multinacional ambiental
-
4ENTREVISTA
'Logo ficarão todos aos pés de seu dono': Putin comenta tensões nas relações da Europa com Trump
-
5EUA
Musk chama USAID de 'organização criminosa' e diz que é hora da agência dos EUA 'morrer'