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Enquanto Palmeira dos Índios ignora segurança no Açude do Goiti, Campo Grande (MS) deu exemplo com proteção no Lago do Amor

Redação 03/02/2025
Enquanto Palmeira dos Índios ignora segurança no Açude do Goiti, Campo Grande (MS) deu exemplo com proteção no Lago do Amor
Lago do Amor em Campo Grande em Mato Grosso do Sul foi rodeado por cerca aramada e resolveu o problema

A falta de segurança no Açude do Goiti, em Palmeira dos Índios, já cobrou um preço alto: o afogamento de João Barros da Silva, ocorrido no sábado e constatado no último domingo (02).

A tragédia expôs a negligência da prefeitura, que investiu milhões na revitalização do espaço, mas não adotou medidas de proteção para evitar acidentes. O caso reforça o descaso da gestão municipal com a segurança da população, especialmente quando comparado a exemplos bem-sucedidos em outras cidades, como Campo Grande no Mato Grosso do Sul.

Campo Grande tomou medidas preventivas, Palmeira dos Índios, não

Em Campo Grande, a prefeitura e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) tomaram a iniciativa de instalar grades de proteção no Lago do Amor, um dos principais cartões-postais da cidade.

O objetivo foi evitar acidentes, preservar os animais e impedir o descarte de lixo na área. A medida foi bem recebida pelos moradores, que agora se sentem mais seguros ao frequentar o local.

Em contrapartida, a prefeitura de Palmeira dos Índios gastou R$ 13,5 milhões na reforma do Açude do Goiti, mas não instalou nenhum tipo de cerca para impedir que banhistas acessem áreas de risco.

A ausência de um posto fixo da Guarda Municipal para fiscalização agrava ainda mais a situação, tornando o local um verdadeiro perigo para a população.
Primeira tragédia após a reforma – quantas mais serão necessárias?

A morte de João Barros da Silva não foi um caso isolado. Nos últimos 30 anos, mais de 40 pessoas morreram afogadas no Açude do Goiti, e a gestão municipal segue ignorando o problema.

Em outros municípios, a preocupação com a segurança pública já resultou na instalação de barreiras de proteção, postos de guarda e fiscalização rigorosa para evitar tragédias.
No entanto, em Palmeira dos Índios, a negligência continua, deixando o espaço público exposto a riscos iminentes.

Sem proteção, população continua vulnerável

Moradores da cidade relatam que não há qualquer orientação e a fiscalização é feita por rondas em carros de luxo, e muitos banhistas, por desconhecimento dos perigos, acabam se arriscando.

Além disso, a presença de jacarés no açude já foi relatada por frequentadores nas redes sociais, levantando preocupações sobre ataques.

O exemplo de Campo Grande deveria servir de referência para a prefeitura de Palmeira dos Índios, que precisa tomar medidas urgentes antes que novas tragédias aconteçam.

Afinal, quantas vidas mais precisarão ser perdidas até que o poder público tome uma atitude?

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