O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quinta-feira, 30, que a Dívida Bruta do Governo Geral deve ter fechado 2024 em torno de 77% do PIB e lembrou que o dado será divulgado na sexta-feira, 31, pelo Banco Central na Nota de Estatísticas Fiscais. "Deve ficar ao redor de 77% (do PIB), talvez um pouco menos ou um pouco mais", afirmou.

Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o secretário já havia antecipado que o indicador ficaria melhor do que as projeções de mercado financeiro.

O secretário havia sido questionado sobre quando o Tesouro espera a estabilização da dívida em relação ao PIB. Ele ponderou que no último Relatório de Projeções Fiscais, divulgado no final do ano, essa estabilização ocorreria em 2028, mas esse cenário ainda não incorporou a elevação dos juros recentes.

Uma nova edição do documento será publicada no primeiro semestre deste ano. "A gente ainda não fez uma revisão do cenário em função da mudança do patamar de juros que aconteceu nesse horizonte mais recente", ponderou.

Ele comentou a oscilação dos valores de câmbio, por exemplo, e disse que com serenidade o governo revisará os modelos. Também voltou a destacar que no final de 2024 houve um processo mais desafiador com a inflação, que deu uma pequena descolada da meta, e que agora é hora de buscar a reancoragem. "Reancorando, ela vai reancorar juros também. Reancorando juros, também vai ajudando a reduzir o custo da dívida e isso passa pela credibilidade que vamos passar para o mercado", disse.