Economia
Declaração de Lula é sinalização que corrobora com necessário para País seguir bem, diz Ceron
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta quinta-feira, 30, que a declaração feita mais cedo pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sobre medidas fiscais é uma sinalização que "corrobora" com a linha de que é preciso fazer o que for necessário para o País seguir "bem". Apesar de Lula ter dito que, por ele, não adotaria mais medidas fiscais, Ceron argumentou que o presidente também mencionou que novas ações seriam tomadas se isso for necessário para o equilíbrio fiscal.
"Responsabilidade fiscal é compromisso dele, do governo dele. Então eu acho que a declaração não pode ser descontextualizada", disse Ceron, para quem a fala é "absolutamente natural" vinda de um presidente que tem a preocupação legítima de não prejudicar políticas sociais e a população mais carente.
E comentou: "Ao mesmo tempo que sinaliza que independente, apesar disso da preocupação social, se for necessário, terá disposição de adotar as medidas necessárias que o País precisa. Eu acho que é uma sinalização do presidente, positiva e não negativa."
Resultados fiscais estão vindo, mas há desafios que exigem mais afinco
O secretário do Tesouro Nacional argumentou que os resultados fiscais mais positivos "estão vindo". "Sempre falamos que vamos atingir exatamente os resultados que nós estamos apresentando, com todos os desafios e os contratempos que foram surgindo ao longo do percurso", disse Ceron, citando percalços como a desoneração da folha de pagamentos e o custo do Perse.
Se a Fazenda tivesse saído vitoriosa nessas pautas, haveria um impacto positivo no resultado primário de 2024.
Ele argumentou que o País vinha aumentando o déficit primário na última década, e que o esforço de recuperação é "brutal", sendo a gestão atual bem sucedida na reversão dessa tendência negativa.
Ceron reconheceu, por sua vez, que o cenário internacional e doméstico de juros exige uma intensificação da recuperação fiscal e "talvez ainda mais afinco" por parte do governo. "Mas os resultados estão vindo", disse.
2025
O secretário do Tesouro Nacional argumentou que o governo precisa garantir que o resultado fiscal de 2025 seja melhor que do ano passado. Para isso, a equipe econômica dialoga com todos, incluindo o presidente Lula.
Segundo Ceron, a equipe ainda está fazendo um balanço do que precisará ser ajustado na peça orçamentária de 2025, incluindo os efeitos do pacote fiscal e despesas maiores que as previstas pelo efeito da diferença no salário mínimo e da inflação fechada.
"Tudo isso tem que ser feito, um rebalanço para poder garantir que a gente continue melhorando. Então, houve um movimento muito importante de recuperação fiscal, sem amenizar em relação aos desafios que estão postos pela frente, mas houve, de fato, uma recuperação fiscal importante. Agora, precisa garantir que a gente melhore em 2025 em relação a 2024 e não piore. Então é esse o momento, o balanço que está sendo feito, com um diálogo com todos os atores envolvidos e, obviamente, com o presidente da República", afirmou o secretário.
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