Internacional
Colômbia concorda em aceitar voos de deportação dos Estados Unidos, afirma Casa Branca
A Colômbia concordou em aceitar voos com migrantes deportados dos EUA, então as sanções anunciadas anteriormente pelo presidente dos EUA, Donald Trump, não entrarão em vigor se Bogotá continuar a aceitá-los, disse a Casa Branca nesta segunda-feira (27)
"O Governo da Colômbia concordou com todos os termos do Presidente Trump, incluindo a aceitação irrestrita de todos os estrangeiros ilegais da Colômbia que retornaram dos Estados Unidos, inclusive em aeronaves militares dos EUA, sem limitação ou atraso", diz o comunicado.
Tarifas e sanções previamente elaboradas pelos EUA contra Bogotá serão mantidas em reserva e não assinadas, a menos que a Colômbia não honre o acordo, disse a Casa Branca.
Ao mesmo tempo, as sanções de visto contra a Colômbia permanecerão em vigor até que o primeiro avião transportando migrantes expulsos dos EUA aterrisse, observou o governo dos EUA.
As tenções entre os dois países começara depois que o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, não autorizou o pouso de aviões transportando colombianos deportados dos Estados Unidos em seu país ontem (26). Na ocasião, Petro ordenou que 15 mil cidadãos estadunidenses no país se reportem às autoridades de imigração para regularizem sua situação.
O Governo de Trump, então, anunciou neste domingo (26) que imporia tarifas de 25% sobre produtos colombianos, entre outras sanções. Petro reagiu poucas horas depois, que imporia tarifas de 50% ao país norte-americano.
Brasileiros deportados são algemados
O Itamaraty anunciou ontem que pedirá explicações ao governo dos EUA sobre o tratamento, que chamou de "degradante", dos passageiros deportados no voo contratado pelas autoridades americanas que chegaram algemados e com correntes nos pés ao Brasil.
Na sexta-feira (24), um voo com 158 pessoas que viviam ilegalmente nos EUA, sendo 88 brasileiros, partiu do país norte-americano em direção ao Brasil.
Ofensiva contra imigrantes
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu durante a campanha eleitoral uma operação de deportação em massa de imigrantes. Após assumir o cargo em 20 de janeiro, Trump decretou emergência nacional na fronteira sul com o México e ordenou o envio de milhares de tropas para apoiar as autoridades de imigração na segurança da fronteira.
Além disso, determinou a deportação imediata de todos os imigrantes que ingressassem ilegalmente no país pela fronteira sul.
De outubro de 2023 a setembro de 2024, o Escritório de Alfândegas e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês) deteve 2,1 milhões de migrantes na fronteira sudoeste dos EUA. Esse número foi menor que o registrado em 2023, quando 2,5 milhões de pessoas foram detidas, e em 2022, com 2,4 milhões de detenções.
Desde outubro, início do ano fiscal de 2025 nos EUA, quase 300 mil pessoas foram detidas na fronteira sudoeste, composta pelos estados do Texas, Novo México, Arizona e Califórnia.
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