O governador Paulo Dantas entregou na manhã desta sexta-feira (24) uma tonelada de alimentos ao Lar Batista Marcolina Magalhães, no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió. Foi a 47ª entidade a receber doações do Programa Alagoas sem Fome, que já arrecadou um total de 61,5 toneladas de alimentos não perecíveis e doou 45,6 toneladas a instituições alagoanas cadastradas no programa Nota Fiscal Cidadã.

Paulo Dantas lembrou que em dezembro de 2023, por meio de uma iniciativa do governo estadual, foi criado o maior programa de combate à fome da história do estado de Alagoas, o Alagoas Sem Fome. “Hoje esse programa tem dentro do seu corpo projetos arrojados, que impactam positivamente para garantir comida na mesa das pessoas”, ressaltou o governador.

Ele acentuou que o Estado tem avançado em praticamente todos seus indicadores, desde o desenvolvimento econômico até o desenvolvimento humano.  “Nós temos que gerar muitos empregos, construir as rodovias, UPAs [Unidade de Pronto Atendimento], hospitais, creches, escolas. Queremos um Estado avançando economicamente, mas queremos um Estado que tenha coração, que cuide das pessoas, que tenha empatia, que respeite o outro, que tenha carinho e sensibilidade humana”, enfatizou o governador, que parabenizou o trabalho realizado pelo Lar Marcolina Magalhães.

“É uma instituição social que faz um papel que o Estado já cumpre, nós que fomos o Estado a criar a primeira Secretaria da Primeira Infância entre todos os Estados da federação”, lembrou.

Campanhas

Os alimentos entregues no Lar Marcolina Magalhães foram arrecadados por meio das campanhas internas realizadas pelos servidores do Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e do Instituto de Tecnologia do Estado de Alagoas (Itec).

“É muito especial neste momento que marca a presença do Estado vendo e reconhecendo a instituição, que faz a diferença. As meninas chegam aqui muito desnutridas. São meninas de áreas carentes, que estão sendo negligenciadas por suas famílias. Então, o suporte alimentar é essencial para que a gente possa cobrir de forma melhor e mais efetiva. Por isso, essa necessidade com o Programa Alagoas Sem Fome e o Programa Nota Fiscal Cidadã é de extrema importância para nós”, enfatizou a diretora do Lar Marcolina Magalhães, Selma Brito.

O lar existe a 71 anos e recebe meninas em vulnerabilidade social e vítimas de exploração sexual, a partir dos três até os 12 anos, que podem permanecer na entidade até os 18 anos, em casos excepcionais. Segundo Selma Brito, as meninas são encaminhadas à entidade pelo Conselho Tutelar e pela Vara da Infância.

A entidade foi criada por mulheres da Igreja Batista e continua sendo mantida pela União Feminina das Mulheres. “Quando foi criado, o lar era um orfanato para meninas abandonadas, órfãs de pai e mãe. A partir do Estatuto da Criança e do Adolescente [ECA] mudou o seu perfil. Hoje recebe até 20 crianças, que moram na entidade, mas estudam em escolas públicas. Elas devem permanecer na instituição por no máximo 1 ano e meio, até que possam ser encaminhadas de volta ao convívio dos pais ou pais substitutos, ou até para adoção, que é a última medida”, explicou Selma.

A secretária do Planejamento, Gestão e Patrimônio e coordenadora-geral do Alagoas Sem Fome, Paula Dantas, observou que o programa conta com postos de arrecadação em shoppings e supermercados, além de parcerias com empresas privadas e recebimento de doações em shows por meio do ingresso solidário.

“Além desse ato que a gente está fazendo hoje, que tem relação com a arrecadação de alimentos, temos também as padarias artesanais, que é um curso de capacitação em Maceió e no interior do estado, no qual homens e mulheres podem aprender em um dia a fazer dez tipos de pães para ingressar no mercado de trabalho ou compor a mesa da própria família, ajudando a melhorar a segurança alimentar”, salientou Paula.

Ela adiantou que está em fase de implantação uma fábrica de alimentos na Ceasa, inspirada em política pública do Ceará, para aproveitamento de alimentos que são alvo de desperdício diariamente. Esses alimentos serão utilizados para produção de polpas de suco e sopa desidratada.

Também estiveram presentes à entrega de alimentos no Lar Marcolina Magalhães a secretária de Estado de Agricultura e Pecuária, Aline Rodrigues, cuja pasta também contribui com o Alagoas Sem Fome por meio do Programa do Leite do Coração; e o diretor-administrativo da empresa Solari, que contribui mensalmente com doações para o Programa Alagoas sem fome, Ícaro Silva.

“Somos uma empresa genuinamente alagoana, em franca expansão no país. Trabalhamos com energia, e assim, não dá para negar um chamado desse, um chamado para lutar contra a fome”, afirmou.