Brasil
SUS da Segurança Pública e Polícia Viária Federal: Lewandowski apresenta nova versão de PEC
Inicialmente, o texto foi divulgado em outubro do ano passado, mas foi alvo de diversas críticas dos governadores da oposição sobre uma eventual perda de autonomia dos estados na segurança pública. Nos últimos meses, foram realizadas cinco reuniões entre
Novas atribuições para as polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF), criação do SUS da Segurança Pública e ouvidorias anônimas. Essas são algumas das mudanças apresentadas nesta quarta-feira (15) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, na nova versão da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para o setor. Conforme o ministro, foram incorporadas ao texto sugestões de governadores dos estados e Distrito Federal.
Entre as principais críticas sobre a primeira proposta, estava a suposta perda de autonomia dos estados no comando das polícias civil, militar e bombeiros.
"Estamos escrevendo com todas as letras que essas competências atribuídas à União não restringirão a subordinação das polícias militares, civis e penais, e a dos corpos de bombeiros militares, aos governadores dos estados e do Distrito Federal. Assim, nós entendemos que estamos afastando quaisquer dúvidas com relação a isso. A autonomia dos estados e do DF, nesse aspecto, está completamente preservada, se [a PEC] for aprovada pelo Congresso Nacional", declarou Lewandowski.
Sistema Único de Segurança Pública
Aos moldes do SUS, a proposta do governo quer dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), órgão criado em 2018 para padronizar informações, estatísticas e procedimentos das forças de segurança no país. Também coloca na Constituição Federal a previsão do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário, o que garante mais previsibilidade para a execução dos recursos.
Outra mudança é o aumento das atribuições das polícias ligadas à União. "A atribuição ordinária da PRF, que vamos chamar de Polícia Viária Federal, será o patrulhamento ostensivo das rodovias, ferrovias e hidrovias federais", explica o ministro, que lembrou que a instituição poderá atuar em calamidades públicas, desastres naturais e proteção de bens, serviços e instalações federais.
Já PF poderá atuar no combate aos crimes ambientais, organizações criminosas e milícias privadas que atuem de forma nacional e internacional. "Depois de ouvirmos os governadores e secretários de Segurança Pública, nós refizemos o texto e ele será, com toda certeza, aprimorado pelo Congresso Nacional. Após 36 anos de vigência da Constituição Federal, o crime mudou, a natureza do crime mudou. É preciso que nós repensemos o modelo de segurança pública que foi cogitado pelos constituintes de 1988", justificou.
A proposta também estabelece que todas as forças de segurança no país tenham corregedorias e ouvidorias autônomas para recebimento de denúncias, sugestões e apuração de infrações.
Por Sputinik Brasil
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