Internacional
'O presidente que mais fez mal aos palestinos': ex-funcionários criticam o papel de Biden em Gaza
Ex-funcionários do governo Biden dizem que a política do presidente democrata na Faixa de Gaza só piorou a situação na região, relata a mídia.
"Ele é o presidente que mais causou danos aos palestinos", disse ao Al-Jazeera Maryam Hassanein, ex-funcionária do Departamento do Interior dos EUA que renunciou ao atual governo democrata em julho deste ano.
A Al Jazeera observa que o governo Biden alocou pelo menos US$ 17,9 bilhões (R$ 110,9 bilhões) em ajuda militar a Israel durante o primeiro ano do conflito de Gaza, um valor recorde. Além disso, os Estados Unidos mobilizaram cerca de 100 soldados no início do ano para auxiliar na operação do sistema de defesa antimísseis enviado à nação hebraica.
O ex-funcionário do Departamento de Estado, Josh Paul, culpou o país pelas milhares de mortes registradas no enclave palestino devido à ofensiva israelense.
"O legado de Biden em Gaza será a cumplicidade americana no genocídio e a derrubada americana da ordem internacional baseada em regras, ou pelo menos os primeiros e mais significativos passos em direção a isso", disse o ex-funcionário ao veículo. "Nenhum desses legados é algo do qual alguém deva se orgulhar".
A renúncia de Paul foi uma das mais divulgadas do governo Biden. Ele deixou o emprego em outubro de 2023, logo após o início do conflito em Gaza. O ex-funcionário federal observou que Biden repetidamente estabeleceu "linhas vermelhas" para Israel que foram cruzadas sem quaisquer consequências visíveis.
"Quando os países veem o presidente dos Estados Unidos estabelecendo linhas vermelhas e não fazendo nada para aplicá-las, isso nos enfraquece globalmente", disse ele à mídia.
Lily Greenberg-Cole, que trabalhou no Departamento do Interior, disse que o atual governo ignorou a legislação nacional que proíbe a transferência de ajuda para forças estrangeiras que tenham alegações confiáveis de violações de direitos humanos.
Segundo Greenberg-Cole, Biden permitiu a "desumanização completa de palestinos, libaneses e árabes em geral".
Segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, 45.484 mortes foram registradas desde o início do conflito com Israel, há mais de 14 meses.
A pasta também informou que 108.090 pessoas ficaram feridas em Gaza desde o início da ofensiva do governo de Benjamin Netanyahu.
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